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Guerra

Lula critica plataformas digitais e extrema direita em evento do PT no Rio

Presidente afirma que o Brasil enfrenta uma "guerra" contra empresas de tecnologia e reforça críticas à oposição

Rio de Janeiro O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que o Brasil enfrenta uma “guerra” contra as plataformas digitais devido ao fortalecimento da extrema direita no país. O discurso ocorreu durante a celebração dos 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), neste sábado (22), no Píer Mauá, no Rio de Janeiro.

“Agora temos uma extrema direita radicalizada, mentirosa, que não tem vergonha de espalhar calúnia. Todo dia há ofensas, e precisamos enfrentar isso. Estamos em guerra, é nós contra as empresas de plataforma digital”, disse Lula.

O presidente também afirmou que o Brasil será governado sob os ideais do partido, independentemente da influência das plataformas. “Ninguém, nem esses produtores de conteúdo digital que acham que mandam no mundo, mudará o rumo do Brasil”, reforçou.

Lula critica Trump e Elon Musk

Durante o evento, Lula reiterou suas críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao bilionário Elon Musk, dono da rede X (ex-Twitter), que apoia a extrema direita.

“Esse cidadão [Trump] não foi eleito para ser xerife do mundo. Ele foi eleito para governar os Estados Unidos. Quem governa o Brasil somos nós”, afirmou.

O petista também criticou a histórica política externa dos EUA. “Hoje, eles falam algo totalmente diferente do que diziam nos anos 1980. A América é para os americanos, o Canal do Panamá é deles, o Canadá virou um estado, e a Groelândia é deles. Nós não aceitamos isso”.

“Sem anistia” e críticas a Bolsonaro

Militantes e autoridades presentes no evento entoaram gritos de “sem anistia”, pedindo punição para os responsáveis pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “um presente para a democracia”.

Segundo o relatório da PGR, Bolsonaro e outros sete investigados “tinham plena consciência do plano de ruptura institucional”. “Com provas e materiais contundentes, Bolsonaro estará no banco dos réus e será julgado pelo devido processo legal”, disse Hoffmann.

Defesa de Janja

Lula também defendeu sua esposa, Janja Lula da Silva, ao afirmar que ela tem sido alvo de ataques da oposição.

“A Janja é a bola da vez. Agora, para me atingir, atacam ela. Digo sempre a ela: você tem duas opções. Ou para de fazer o que gosta, e eles te deixam em paz, ou continua falando e enfrentando”.

O presidente ainda admitiu a influência da primeira-dama em seu governo. “Graças a Deus, tenho uma mulher que conversa política e não tem medo de falar. Lá em casa, é proibido proibir”.


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Autocrítica no PT

Lula cobrou maior participação dos políticos do PT em comunidades populares. “Precisamos voltar a discutir política dentro das fábricas e nos locais de trabalho. Não podemos aparecer apenas de quatro em quatro anos para pedir votos”.

A declaração ocorreu em meio à queda de popularidade do governo. Segundo pesquisa Datafolha, divulgada em 14 de fevereiro, 24% aprovam o governo, enquanto 41% reprovam.

“É preciso gastar sola de sapato na periferia, ocupar de novo as ruas e dialogar com o povo, porque, se não fizermos isso, seremos iguais a qualquer outro partido”, concluiu o presidente.


Entenda a polêmica sobre Lula e as redes sociais

Confira os principais pontos sobre as declarações do presidente:

  • Críticas a plataformas digitais: Lula acusou empresas de tecnologia de facilitarem a desinformação.
  • Ataques a Trump e Musk: O presidente reforçou sua oposição à extrema direita internacional.
  • “Sem anistia”: Militantes defenderam punição para Bolsonaro e envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
  • Defesa de Janja: Lula rebateu ataques direcionados à primeira-dama.
  • Autocrítica no PT: O presidente cobrou maior atuação do partido junto às bases populares.

Com informações do Brasil de Fato

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