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Lula diz que bolsonaristas e Centrão vão pagar por apoio à Bolsotaxa de Donald Trump

Presidente alertou aliados que quem endossa sanções dos EUA pagará o preço político por se opor ao Brasil

Brasília, 8 de agosto de 2025Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente integrantes do Centrão e parlamentares bolsonaristas por apoiarem as **sanções econômicas impostas por Donald Trump ao Brasil. Em reunião com Gilberto Kassab, o presidente afirmou que quem se alia ao estrangeiro contra o país pagará caro nas urnas.


Lula alerta: sanções dos EUA viraram bomba política

Durante almoço com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, Lula foi direto: setores da base aliada estão cavando a própria cova ao se omitir diante do tarifaço norte-americano. Segundo o presidente, pesquisas internas já mostram queda de popularidade entre parlamentares que evitam criticar a ingerência de Washington.

O encontro aconteceu um dia após deputados bolsonaristas invadirem simbolicamente a presidência da Câmara, em protesto contra decisões do Supremo Tribunal Federal. Para Lula, a combinação de obstrução legislativa e subserviência internacional revela uma escolha política contra os interesses nacionais.

“Não dá para servir a dois senhores: ou estão com o Brasil ou estão com o Trump”, teria dito Lula, segundo interlocutores.


Alerta ao Centrão: fidelidade seletiva tem preço

Mesmo elogiando o papel institucional do PSD, que comanda os ministérios de Minas e Energia, Agricultura e Pesca, Lula deixou claro seu desconforto com o comportamento errático de siglas como União Brasil, PP e o próprio PSD, que ocupam cargos no governo, mas sabotam pautas estratégicas no Congresso.

O presidente tem intensificado reuniões com partidos que integram a base, mas agem como oposição disfarçada, especialmente após o silêncio de parte do Centrão diante das sanções de Trump.

Na semana passada, Lula já havia se reunido com líderes do MDB e da União Brasil para cobrar coerência institucional.

“Não se pode participar do governo pela manhã e votar contra ele à tarde”, resumiu um ministro próximo ao presidente.

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Kassab tenta manter equilíbrio entre Tarcísio e Lula

Aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e crítico silencioso de Lula, Kassab participa do governo federal com espaços expressivos, mas age em rota própria para 2026. O PSD tem dois presidenciáveis: Ratinho Junior (PR) e Eduardo Leite (RS). Ambos evitam confrontar diretamente Jair Bolsonaro, mesmo após sua prisão domiciliar.

Kassab já comunicou à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que qualquer gesto de aproximação não significa aliança. A recíproca foi entendida, mas a insatisfação no Planalto permanece.

Também participaram do almoço os ministros do PSD e os líderes Antonio Brito e Jaques Wagner, este último articulador do diálogo com o centro político no Congresso.


Entenda o caso: quem se beneficia com o tarifaço

1. O que são as sanções de Trump contra o Brasil?
São tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos contra produtos brasileiros estratégicos, como aço, carne e grãos, sob alegação de “concorrência desleal”. A medida gerou prejuízo bilionário ao setor exportador.

2. Por que partidos brasileiros não reagem?
Siglas como PL, PP, PSD e União Brasil evitam confrontar o governo Trump, por alinhamento ideológico ou receio de perder apoio do eleitorado bolsonarista.

3. Quais os impactos políticos dessa omissão?
Pesquisas já indicam desgaste nas bases eleitorais de deputados que se mantêm neutros diante da crise. Para o Planalto, o eleitor percebe a incoerência e pode punir nas urnas.

4. O que Lula está fazendo?
Além da crítica pública, o presidente tem reforçado o diálogo com partidos aliados e busca novos acordos comerciais com a Ásia, África e América Latina como resposta estratégica.

5. Quem ganha com a instabilidade?
A extrema-direita internacional, que busca enfraquecer democracias do sul global e manter dependência econômica. A desorganização interna favorece interesses estrangeiros.


Governo amplia ofensiva contra sabotagem parlamentar

Lula tem deixado claro que não aceitará mais lealdades intermitentes. O recado vale para todos os partidos que compõem a base, mas também para ministros que não conseguem conter suas bancadas. No radar do Planalto, estão nomeações estratégicas e liberação de emendas que poderão ser reavaliadas caso a infidelidade legislativa persista.

A estratégia também mira 2026. Ao vincular o apoio ao tarifaço a um possível “preço político”, Lula arma o discurso para isolar opositores camuflados e fortalecer sua base entre os que defendem a soberania nacional.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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