Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciará em breve o aumento do salário mínimo para R$ 1.518 a partir de janeiro de 2025.
O reajuste de 7,5% supera a inflação atual, mas segue uma nova fórmula de cálculo aprovada no pacote fiscal do governo.
A mudança impactará diretamente 59,3 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais.
Contudo, o novo modelo de cálculo resultou em um valor R$ 10 menor do que seria com a regra anterior.
Impacto econômico e fiscal
O aumento do salário mínimo gera efeitos cascata na economia. Cada R$ 1 de aumento representa uma despesa adicional de R$ 392 milhões anuais para o governo. Portanto, a nova regra economizará R$ 4 bilhões em 2025 e R$ 110 bilhões até 2030.Enfim, essa economia fiscal tem um lado negativo. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) alerta que a restrição ao aumento real do salário mínimo pode afetar o consumo, um dos principais motores da economia brasileira.
Histórico recente
Entre 2020 e 2022, durante o governo Bolsonaro, o salário mínimo foi corrigido apenas pela inflação. Em 2023, houve um pequeno reajuste acima da inflação. Agora, com a nova fórmula, os aumentos reais serão mais restritos.
Debate econômico
A medida visa reduzir gastos públicos, mas gera debates sobre seu impacto no consumo das famílias e no crescimento econômico. O Dieese argumenta que o controle sobre o reajuste do mínimo pode comprometer o estímulo à economia doméstica e a melhoria das condições de vida da população.
Nova fórmula de cálculo
A nova regra limita o crescimento do salário mínimo a um teto de 2,5% do PIB. Por exemplo, com uma inflação de 4,84% acumulada em 12 meses até novembro e um crescimento econômico de 3,2% registrado dois anos antes, o aumento ficou em 7,5%.
Entenda o caso: O novo salário mínimo de 2025
- Valor atual: R$ 1.412
- Novo valor: R$ 1.518
- Aumento percentual: 7,5%
- Entrada em vigor: Janeiro de 2025
- Primeiro pagamento: Fevereiro de 2025
- Nova regra: Limita o crescimento a 2,5% do PIB
- Economia prevista: R$ 4 bilhões em 2025; R$ 110 bilhões até 2030
- Impacto: 59,3 milhões de brasileiros afetados diretamente
- Críticas: Possível redução do poder de compra e consumo interno