O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera o ranking de relevância nas redes sociais entre os possíveis candidatos à Presidência da República em 2026, segundo levantamento exclusivo da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados.
O estudo, realizado entre 1º de janeiro e 31 de julho de 2025, avaliou a performance digital de 11 nomes cotados para a disputa, em plataformas como Instagram, X, Facebook, YouTube e TikTok.
O Índice de Relevância nas Redes (IR² Nexus) mede engajamento, crescimento de audiência e impacto das publicações, oferecendo um panorama sobre quem domina o debate público online. Lula aparece isolado na liderança, seguido por nomes ligados ao bolsonarismo, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL) e Nikolas Ferreira (PL-MG).
O levantamento não inclui Jair Bolsonaro, declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, após a corte considerar que o ex-presidente atacou o sistema eleitoral e tentou desacreditar as urnas eletrônicas.
Lula mantém hegemonia digital e política
A liderança de Lula no ambiente digital reflete não apenas sua posição institucional, mas também a capacidade de mobilização de sua base social, mesmo após dois anos de governo. O estudo da Nexus indica que o petista concentra o maior número de interações positivas e menções orgânicas entre todos os presidenciáveis, superando em mais de 20% o segundo colocado.
De acordo com analistas, o desempenho reforça a consolidação do PT como o principal polo de comunicação política digital do campo progressista, contrastando com o desgaste do bolsonarismo nas redes. A ascensão de Tarcísio e Michelle indica que o grupo tenta manter relevância após a saída de Bolsonaro do cenário eleitoral, mas enfrenta dificuldades para converter engajamento em imagem de liderança consolidada.
Além do aspecto quantitativo, o relatório destaca o crescimento qualitativo das interações com conteúdos voltados a pautas sociais, ambientais e econômicas — temas centrais no discurso de Lula.
Disputa nas redes antecipa embate eleitoral de 2026
A pesquisa da Nexus sugere que o embate entre o campo progressista e o conservador já se intensifica nas redes sociais, com Lula usando suas plataformas para reforçar políticas públicas e bolsonaristas explorando a polarização para manter sua base mobilizada.
Entretanto, especialistas ouvidos pela Nexus afirmam que a dominância digital do presidente é sustentada por uma comunicação institucional bem estruturada e pela alta capacidade de resposta a crises — algo que falta aos adversários.
Por outro lado, o estudo também aponta que nomes como Simone Tebet (MDB) e Eduardo Leite (PSDB) aparecem em posições intermediárias, com baixa taxa de engajamento e pouca penetração no debate nacional.
“O IR² revela não apenas popularidade, mas capacidade de pautar o debate político. Nesse sentido, Lula segue insuperável”, destacou o relatório.
O desempenho reforça a avaliação de que, mesmo diante de desafios econômicos e pressões políticas, o presidente mantém forte influência no cenário digital e potencial vantagem na corrida presidencial.
Contexto e implicações
O domínio digital de Lula tem impacto direto na disputa narrativa de 2026. Desde a inelegibilidade de Bolsonaro, o campo conservador busca um substituto capaz de rivalizar em alcance e engajamento. A liderança de Lula nas redes, contudo, amplia o desafio para a oposição e indica que o governo segue competitivo na arena da opinião pública.
A Nexus observou que o presidente obteve destaque principalmente em temas ligados à economia, inclusão social e programas de habitação — pautas de forte apelo popular e que mobilizam o eleitorado historicamente lulista.
Para o campo progressista, a pesquisa reforça a necessidade de manter a ofensiva comunicacional e ampliar o diálogo com a juventude e com o público periférico. Já para o campo conservador, o resultado evidencia a fragmentação do discurso e a ausência de uma liderança unificadora.


