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Malafaia admite sociedade com Sheik do Bitcoin, condenado em esquema de pirâmide

Pastor confirmou parceria com empresário condenado por pirâmide bilionária que lesou milhares de brasileiros.

Rio de Janeiro – 25 de agosto de 2025 – O pastor Silas Malafaia admitiu ter mantido sociedade com o empresário Francisley Valdevino da Silva, o Sheik do Bitcoin, condenado a 56 anos de prisão por comandar um esquema de pirâmide financeira que movimentou R$ 4 bilhões e prejudicou cerca de 15 mil pessoas.

O aporte de R$ 30 milhões foi feito em 2021 para sustentar a Central Gospel, editora de Malafaia, então em crise financeira.


Aporte milionário em empresa de Malafaia

O depoimento do empresário Davi Zocal à Polícia Federal, revelado agora, detalha que o Sheik buscava se aproximar de líderes religiosos e políticos influentes. Em maio de 2021, ele e Malafaia criaram a Alvox Gospel Livros Marketing Direto, usada como braço paralelo da Central Gospel, em recuperação judicial.

Segundo Zocal, o aporte serviu para manter as operações da editora evangélica: “Ele gastou muito. Foram R$ 30 milhões para erguer a empresa. Para não prejudicar a imagem, abriram outra em paralelo”, relatou. A sociedade foi encerrada em julho de 2022, poucos meses antes da prisão de Francisley.


Malafaia confirma, mas tenta se isentar

Procurado, Malafaia confirmou a sociedade, mas alegou desconhecimento das investigações à época. “Ele foi sócio um ano. Não existia denúncia no Ministério Público nem na Polícia Federal contra ele”, disse.

O pastor afirmou que deixou a empresa em março de 2022 e negou ter promovido o Sheik em seus púlpitos: “Onde é que eu fiz propaganda para alguém? Em lugar nenhum. Querem me acusar de quê? Vão prender os 100 que tinham empresas com ele?”, reagiu.


Pirâmide bilionária e vítimas ilustres

De acordo com a Polícia Federal, o grupo chefiado por Francisley movimentou cerca de R$ 4 bilhões entre 2018 e 2022, enganando investidores com promessas de rentabilidade no mercado de criptomoedas. O esquema teria prejudicado aproximadamente 15 mil pessoas, incluindo Sasha Meneghel, filha de Xuxa.

A revelação reacende o debate sobre a relação entre líderes religiosos e empresários envolvidos em fraudes financeiras de grande escala. O caso expõe as conexões entre o fundamentalismo neopentecostal e esquemas de enriquecimento ilícito que atingiram milhares de famílias brasileiras.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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