Brasília – O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, entrou em contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro para expressar sua insatisfação com as críticas do pastor Silas Malafaia. O líder religioso chamou Pereira de “cretino” após ele afirmar que a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro poderia prejudicar o debate eleitoral de 2026.
Em entrevista ao jornal O Globo, Pereira revelou que ligou para Bolsonaro e reclamou das declarações de Malafaia. “Liguei para Bolsonaro para reclamar que Malafaia distorceu tudo e isso não ajuda em nada”, disse o deputado. Ele destacou que sua fala foi mal interpretada e que sua intenção era evitar que a pauta da anistia impactasse a eleição presidencial.
Bolsonaro tenta conter crise
De acordo com a publicação, Bolsonaro garantiu a Pereira que conversaria com Malafaia para cessar os ataques. Além disso, o ex-presidente manifestou interesse em discutir o apoio do Republicanos ao projeto de anistia dos participantes dos atos do 8 de Janeiro.
Em entrevista à CNN Brasil, Marcos Pereira afirmou que a bancada do Republicanos tende a apoiar a anistia, mas que o tema ainda não foi debatido de forma aprofundada. “O ideal é que o debate de 2026 ocorra sem essa pauta, que pode afetar tanto a eleição quanto a governabilidade do país”, disse.
Silas Malafaia rebate críticas
O pastor Silas Malafaia, por sua vez, manteve as críticas a Pereira. Em um vídeo publicado na quarta-feira (19), ele chamou o deputado de “vergonha para a Igreja Universal” e criticou sua postura em relação ao governo Lula.
“Tem que ser muito cretino para falar que a anistia contamina o debate eleitoral. Na mesma entrevista, ele elogia Lula, diz que é experiente. Sabe por quê? Porque o partido dele tem ministério no governo e cargos”, declarou Malafaia.
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Entenda o caso: conflito entre Republicanos e Malafaia
- Declaração polêmica: Marcos Pereira afirmou que a anistia dos presos do 8 de Janeiro pode prejudicar o debate eleitoral de 2026.
- Críticas de Malafaia: O pastor chamou Pereira de “cretino” e o acusou de estar alinhado ao governo Lula.
- Intervenção de Bolsonaro: O ex-presidente prometeu conversar com Malafaia para evitar novos ataques.
- Posição do Republicanos: Partido tem tendência a apoiar a anistia, mas ainda não tomou uma decisão final.