Hipocrisia

Michelle Bolsonaro defende massacre no Rio de Janeiro

Presidente do PL Mulher não citou homenagens dos seus enteados há policiais envolvidos com milicia

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama e presidente do PL MulherMichelle Bolsonaro, divulgou na quinta-feira (30) um manifesto público em defesa da megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro.

A ação, considerada a mais letal da história do estado, resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e a prisão de 113 pessoas.

Críticas duras a Lula

No documento intitulado “As mães e a (in)segurança pública”, o PL Mulher acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de, ao tratar narcotraficantes como vítimas, tornar-se “cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha”, mas em nenhum momento menciona as homenagens feitas por suas família a polícias envolvidos com a milicia do Rio de Janeiro. Michelle Bolsonaro também não faz menção ao caso de sua avó, traficante de drogas, a prisão do tio por pedofilia e as acusações de falsificação, que recaem sobre sua mãe. O texto aponta ainda que o governo federal falha ao não reconhecer as facções criminosas como organizações de natureza terrorista.

Michelle critica diretamente Lula, citando seu nome oito vezes e colocando-o em um grupo que chama de “Trio da Destruição”, ao lado dos presidentes Nicolás Maduro (Venezuela) e Gustavo Petro (Colômbia). Segundo o manifesto, essa tríade atua para favorecer traficantes, recusando-se a classificá-los como narcoterroristas.

Comentários sobre declarações recentes e a Polícia Federal

O manifesto relembra uma fala de Lula durante visita à Indonésia, em 24 de outubro, quando afirmou que “traficantes são vítimas de usuários também”. Para o PL Mulher, essa declaração revela falta de sensibilidade com as famílias afetadas pela violência do tráfico.

Além disso, o texto critica a Polícia Federal por agir rapidamente para prender manifestantes, mas se recusar a apoiar as polícias civil e militar do Rio no combate aos traficantes.

Defesa das forças de segurança e das vítimas

O documento enfatiza que as verdadeiras vítimas da violência são as famílias, os trabalhadores e os policiais mortos no combate à criminalidade. Michelle Bolsonaro acusa Lula de silenciar diante da dor dessas famílias e da morte dos agentes públicos.

“O Brasil ouve o silêncio ensurdecedor do presidente, incapaz de consolar familiares de policiais mortos ou homenagear heróis caídos no combate ao narcotráfico”, conclui o manifesto do PL Mulher.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.