A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro classificou como uma “humilhação” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a presença permanente de policiais penais na residência de Jair Bolsonaro em Brasília. O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto e será julgado pelo STF no próximo dia 2 por suposta tentativa de golpe de Estado.
Decisão e reforço da segurança
O despacho de Moraes atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou risco de fuga do ex-presidente. O ministro também destacou as “ações incessantes” do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, que, segundo ele, poderiam estar relacionadas a uma busca de apoio internacional.
A medida reforçou a presença policial em tempo integral ao redor da residência. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), também havia solicitado a intensificação da vigilância, mencionando a proximidade da casa de Bolsonaro da Embaixada dos EUA, localizada a cerca de 10 minutos de distância.
Críticas de Michelle Bolsonaro
Nas redes sociais, Michelle expressou indignação:
“A cada dia que passa, o desafio tem sido enorme: resistir à perseguição, lidar com as incertezas e suportar as humilhações. Mas não tem nada, não. Nós vamos vencer. Deus é bom o tempo todo, e nós temos uma promessa.”
A ex-primeira-dama também exaltou sua fé, afirmando que “o Brasil pertence ao Senhor Jesus” e que “o Senhor não perdeu o controle de absolutamente nada”.
Polícia Federal pede mais medidas
Poucas horas após a decisão, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a vigilância externa não elimina o risco de evasão.
A PF defendeu a entrada de uma equipe dentro da residência para monitoramento mais rígido e disse ter solicitado apoio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) para reforçar a segurança.