Alexandre de Moraes alerta que bancos brasileiros podem ser punidos se cumprirem sanções dos EUA.
STF reforça soberania nacional e coloca instituições financeiras diante de um dilema bilionário.
STF puxa a coleira
Alexandre de Moraes mandou o recado sem floreio: “os tribunais brasileiros podem punir instituições financeiras nacionais que bloquearem ou confiscarem ativos domésticos em resposta a ordens norte-americanas”. Traduzindo: Brasil não é sucursal de Washington.
Quando a sanção morde o mercado
A fala do ministro vem logo após ele mesmo ser alvo da Lei Global Magnitsky, aquela invenção dos EUA para posar de xerife do planeta. Resultado? Só num único pregão, os cinco maiores bancos brasileiros viram R$ 42 bilhões evaporarem. O mercado, esse ser delicado, entrou em pânico.
Dino entra em cena
Flávio Dino reforçou o óbvio: normas estrangeiras só podem valer no Brasil depois de passarem pelo crivo da Justiça nacional. É quase didático, mas parece que alguns precisavam ouvir.
Bancos na corda bamba
Os gigantes financeiros agora encaram uma encruzilhada digna de novela ruim:
- Seguem a ordem americana → arriscam punição no Brasil.
- Seguem a jurisprudência brasileira → arriscam retaliação dos EUA.
Ou seja: ou apanham aqui, ou apanham lá. Quem mandou brincar de global player?
Aposta na diplomacia
Moraes ainda soou otimista: disse acreditar que as sanções podem ser revertidas por meio de diálogo diplomático, sem precisar acionar tribunais. Segundo ele, quando as informações corretas chegarem às autoridades norte-americanas, “nem será necessário recorrer à Justiça”. E completou: “acredito que o próprio Executivo dos EUA, o presidente, irá revogá-las”.
Resumindo
A conta está dada: bilhões já se foram, bancos estão perdidos no meio da guerra de egos, e o STF tenta lembrar ao mercado financeiro que, pelo menos no papel, a lei brasileira ainda vale mais do que as ordens da Casa Branca.