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Nikolas Ferreira desafia o STF com mentiras e desrespeito após flagra com celular em prisão domiciliar de Bolsonaro

O Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou sua conta no X neste domingo (23) para tentar desmentir, sem eficácia, uma grave infração registrada no dia anterior.

A alegação do parlamentar era a de que não teria sido avisado sobre a proibição de usar celular durante a visita à prisão domiciliar do ex-Presidente Jair Bolsonaro.

Esta afirmação, no entanto, colapsa diante de imagens explícitas divulgadas pelo Jornal Nacional da TV Globo.

O despacho ministerial que estabelecia as regras de custódia era um documento público. Ele determinava, por ordem expressa do Ministro Alexandre de Moraes, a proibição rigorosa de aparelhos eletrônicos a qualquer visitante do ex-Presidente.

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Mesmo com a norma expressamente descrita no documento judicial, Ferreira alegou desconhecimento da medida.

A negação dos fatos pelo Deputado é uma tática recorrente. Ela reflete a postura de indivíduos que optam por operar à margem do Estado de Direito e da verdade factual. A gravação que desmente Nikolas Ferreira foi feita poucas horas antes de o sistema registrar, às 00h07, a tentativa de dano à tornozeleira eletrônica usada para monitoramento do ex-Presidente.

A Inversão da Realidade e o Desafio ao Poder Judiciário

A falácia factual do Deputado não se limitou à negação do flagrante. Ele imediatamente tentou desviar o foco da infração judicial para um ataque à Rede Globo. Ferreira afirmou que a emissora teria usado um drone para invadir um ambiente privado e classificou o registro como uma “violação grave de privacidade”. Esta inversão da realidade é um expediente clássico de quem busca transformar a própria transgressão em um problema de terceiros. O parlamentar aparece nas imagens manipulando o celular com naturalidade, em claro e deliberado descumprimento da ordem judicial.

O Deputado tentou afastar a possibilidade de infração ao alegar: “em momento algum tive qualquer intenção de descumprir decisão judicial”. Esta declaração é insustentável. O histórico recente do parlamentar é marcado por uma série de desafios diretos à autoridade do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele se estabeleceu como uma figura central na disseminação de notícias falsas no Brasil.

A Justiça brasileira já condenou ou citou Nikolas Ferreira em inúmeros inquéritos por fake news, suspensão de perfis e ataques infundados a Ministros. Sua conduta reitera uma perigosa lógica: o desdém contínuo pelas decisões judiciais. Esta atitude de desafio direto à autoridade é comum a agentes que se colocam acima do pacto civilizatório.

A Analogia do Desprezo Institucional

O desrespeito flagrante do Deputado a uma ordem judicial clara e documentada, seguida pela tentativa de construir uma mentira pública para encobrir a infração, desenha um paralelo preocupante. A sociedade civil observa que apenas aqueles que pretendem burlar o sistema legal desafiam a Justiça com tamanha insistência e dissimulação. O parlamentar atua como um adversário do progresso institucional.

O episódio se torna ainda mais relevante porque a visita de Ferreira antecedeu a detecção de avarias na tornozeleira de Bolsonaro. Os sinais de manipulação e as queimaduras na tornozeleira foram registrados poucas horas depois.

A sequência de fatos reforçou a avaliação do STF sobre o risco de fuga e motivou a prisão preventiva do ex-Presidente. O Deputado encerrou sua nota atacando novamente a emissora com termos desrespeitosos. Ele classificou a atitude da emissora como “patéticos”, revelando mais sobre a sua própria falta de rigor ético e respeito pela imprensa livre do que sobre o veículo de comunicação.

A conduta do Deputado Nikolas Ferreira não se trata apenas de uma mentira isolada; é a manifestação pública de um padrão de desprezo institucional. A repetição da falácia factual, mesmo diante de evidências em vídeo, mina a confiança dos cidadãos nas figuras públicas e na própria Democracia. A projeção de cenário indica que a Justiça não recuará diante de manobras de deslegitimação. As instituições cívicas devem manter o rigor lexicográfico e a fidelidade factual para desmontar a retórica da desinformação, fortalecendo o Estado de Direito como único bem cívico inegociável.

JR Vital
JR Vitalhttps://diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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