Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2025 – A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca pessoal e apreensão de celulares contra o pastor Silas Malafaia no Aeroporto Internacional do Galeão. A ordem partiu do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da PET nº 14129, que apura a atuação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além da apreensão, Malafaia foi alvo de medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados.
Abordagem no Galeão
O pastor desembarcava de um voo proveniente de Lisboa quando foi abordado por policiais federais. Ele prestou depoimento ainda nas dependências do aeroporto. Segundo a decisão, Malafaia integra o grupo de investigados que tentaram obstruir as investigações da tentativa de golpe e articularam ofensivas contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
PGR aponta elo com Bolsonaro
As medidas foram requeridas pela Polícia Federal e receberam parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 15 de agosto. No documento, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que diálogos e publicações demonstram Malafaia como “orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro”.
Associação para obstruir a Justiça
De acordo com o parecer, os indícios apontam que Malafaia e os demais investigados “estão associados no propósito comum, bem como nas práticas dele resultantes, de interferir ilicitamente no curso e no desfecho da Ação Penal nº 2668, que trata da tentativa de golpe, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro figura como réu”.