Brasília – A Polícia Federal (PF) está prestes a indiciar o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por suspeita de crimes cometidos durante sua gestão no governo de Jair Bolsonaro (PL). O inquérito, conhecido como “Abin paralela”, investiga se Ramagem teria usado recursos públicos para monitorar ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares e jornalistas.
As suspeitas envolvem o uso de um software israelense, chamado First Mile, para espionagem. Além disso, a PF investiga o possível envolvimento de Ramagem no “inquérito do golpe”, que analisa ligações entre políticos e militares, e os atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília, nos quais bolsonaristas depredaram prédios públicos.
Avanço das Investigações e Possíveis Acusações
Ramagem foi convocado para prestar depoimento nesta terça-feira (5). A expectativa é que ambos os inquéritos sejam finalizados em breve. Fontes ligadas ao caso indicam que o ex-diretor da Abin pode ser formalmente acusado de espionagem e subversão da ordem democrática, caso se confirmem as suspeitas de seu envolvimento em articulações antidemocráticas.
O deputado nega todas as acusações.
Ramagem e o Apoio de Bolsonaro nas Eleições
Além de seu histórico como chefe da Abin, Ramagem participou da última eleição municipal no Rio de Janeiro com o apoio de Bolsonaro. Ele obteve 948.631 votos, representando 30,8% dos votos válidos, mas foi derrotado por Eduardo Paes (PSD), que venceu com 60,4% dos votos no primeiro turno.
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Perguntas Frequentes sobre a Investigação de Alexandre Ramagem
Por que a PF está investigando Alexandre Ramagem?
Ramagem é suspeito de ter usado recursos da Abin para monitoramento ilegal e de envolvimento em atos antidemocráticos.
Qual é a ligação de Ramagem com o “inquérito do golpe”?
A investigação apura se ele esteve envolvido em articulações com militares e em ações de vandalismo ocorridas em 8 de janeiro em Brasília.