Brasília – A Polícia Federal intimou nesta terça-feira (4) o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para prestar depoimento no inquérito que apura uma possível tentativa de golpe de Estado, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o objetivo seria impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante a gestão de Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), há indícios de que a agência teria monitorado ilegalmente autoridades, jornalistas e críticos do governo, sem autorização judicial, o que configura possível violação de direitos fundamentais.
Detalhes da Investigação sobre Golpe de Estado
Uso Ilegal da Abin
A Polícia Federal investiga se a Abin, sob a liderança de Ramagem, realizou monitoramentos ilegais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades. O objetivo seria favorecer o governo Bolsonaro, com ações sem respaldo judicial, o que representa potencial abuso de poder.
Operação com Software Espião
Ramagem é suspeito de ter coordenado o uso de um software espião para fins ilegais, ferramenta que poderia ter sido usada para vigiar opositores. A PF aponta a existência desse esquema em operações anteriores, ampliando as investigações sobre sua utilização indevida.
Conclusão do Inquérito
A expectativa é que o inquérito seja concluído até a primeira quinzena de novembro. Caso se confirmem as suspeitas, há possibilidade de indiciamento de Ramagem, Bolsonaro e outros envolvidos. As ações investigativas visam esclarecer os fatos e manter a integridade das instituições democráticas.
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Perguntas Frequentes sobre o Inquérito da PF
Qual o foco das investigações contra Ramagem?
A PF investiga seu papel em supostas atividades de monitoramento ilegal de autoridades, sem autorização judicial, e possíveis articulações para impedir a posse de Lula.
Qual é o prazo para a conclusão do inquérito?
O inquérito deve ser finalizado até a primeira quinzena de novembro, segundo estimativas da PF.
O que diz Ramagem sobre a intimação?
Procurado, Ramagem informou, por meio de sua assessoria, que não comentará as investigações.