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PGR deve denunciar Bolsonaro e Eduardo ao STF

Ex-presidente e filho são alvos de acusações graves que podem transformar Eduardo em réu e comprometer seu projeto presidencial

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar nesta semana o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

As acusações incluem coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, segundo revelou a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Se a denúncia for aceita, Eduardo Bolsonaro passará à condição de réu, fato que pode enfraquecer seu plano de disputar a Presidência da República.

Conhecido como “Bananinha”, o parlamentar vive nos Estados Unidos desde março, onde atua em articulações contra o Brasil e em defesa do ex-presidente Donald Trump.

Indiciamento e transações suspeitas

Em agosto, a Polícia Federal (PF) indiciou Eduardo Bolsonaro após concluir investigações sobre sua tentativa de pressionar o governo Trump a impor sanções ao Brasil e a ministros do STF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também foi indiciado por transferir R$ 2 milhões via Pix ao filho nos EUA, operação considerada como possível financiamento da coação à Justiça. O comentarista golpista Paulo Figueiredo, apontado como braço direito de Eduardo nos EUA, também foi indiciado e deve ser incluído na denúncia.

Pedido da PGR e investigação

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou em maio a abertura do inquérito na PF para investigar Eduardo Bolsonaro.

O objetivo era apurar sua tentativa de convencer o governo norte-americano a adotar medidas contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de processos que atingem Bolsonaro e aliados.

Em resposta ao indiciamento, Eduardo negou irregularidades e chamou de “crime absolutamente delirante” as conclusões da PF.

Pressão internacional e isolamento do clã Bolsonaro

Nos últimos meses, o governo Trump anunciou uma série de medidas contra o Brasil, incluindo:

  • sobretaxa de 50% sobre importações brasileiras,
  • investigação comercial contra o Pix,
  • sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky.

Trump e aliados, como o senador Marco Rubio, acusam o STF de perseguir Bolsonaro e falam em “caça às bruxas”. Entretanto, as denúncias formais contra o ex-presidente e seu filho expõem o isolamento internacional e a gravidade das acusações que podem impactar diretamente o futuro político do bolsonarismo.


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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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