Prisões e Cautelares

PGR reconhece gravidade de campanha contra delegados da PF, mas se opõe a prisões preventivas

Paulo Gonet sugere medidas cautelares contra blogueiros bolsonaristas e senador Marcos do Val; STF decreta prisões de Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet – Reprodução
O procurador-geral da República, Paulo Gonet – Reprodução

Brasília – 16 de setembro de 2024 – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reconheceu a gravidade da campanha de difamação promovida por blogueiros bolsonaristas contra delegados da Polícia Federal (PF) envolvidos nas investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Apesar disso, Gonet foi contrário ao pedido de prisão preventiva de quatro investigados, incluindo o senador Marcos do Val (Podemos-ES), solicitado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF).


Resumo da Notícia:

  • PGR: Reconhece gravidade da campanha contra delegados da PF.
  • Medidas: Gonet sugere remoção de postagens e bloqueio de contas.
  • STF: Decreta prisão de Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.
  • Operação: “Disque 100” realizada pela PF em quatro estados.

Campanha de difamação e medidas cautelares

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Antes da operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, o procurador-geral Paulo Gonet emitiu um parecer de 21 páginas, destacando que as postagens ofensivas, que incluíam fotos de familiares do delegado da PF Fabio Shor, ultrapassaram os limites da liberdade de expressão. Contudo, Gonet sugeriu que medidas cautelares, como a remoção de publicações e o bloqueio de contas nas redes sociais, seriam suficientes para conter a campanha difamatória, considerando que as postagens começaram em março.


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STF decreta prisões

A Polícia Federal solicitou a prisão preventiva de Marcos do Val, além dos blogueiros Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos, ambos foragidos, e de Ednardo Mello Raposo. Segundo a PF, a liberdade dos envolvidos poderia intensificar os ataques aos delegados. O ministro Alexandre de Moraes atendeu parcialmente aos pedidos, decretando a prisão de Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio. Marcos do Val e outros investigados foram submetidos a medidas cautelares, como bloqueio de redes sociais, proibição de novas postagens e apreensão de passaportes.

Investigação e operação “Disque 100”

Em 14 de agosto, a operação “Disque 100” foi deflagrada pela PF, com buscas realizadas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amazonas e Distrito Federal. A campanha de difamação, que incluiu ameaças, divulgação de informações pessoais e propostas de suborno a uma delegada, gerou uma resposta judicial com a quebra de sigilo e a identificação dos envolvidos em diversas plataformas, incluindo Instagram, Facebook, YouTube e X (antigo Twitter).


Perguntas Frequentes sobre a Campanha de Difamação e as Ações do STF

O que motivou a campanha de difamação?
A campanha foi orquestrada por blogueiros bolsonaristas contra delegados da PF que investigam o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, com o objetivo de desacreditar as investigações.

Quem são os principais envolvidos?
Os principais investigados são os blogueiros Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, Marcos do Val e Ednardo Mello Raposo.

Qual foi a decisão do STF?
O STF decretou a prisão de Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, enquanto impôs medidas cautelares a Marcos do Val e outros investigados.

Quais foram as ações realizadas pela PF?
A operação “Disque 100” foi deflagrada em quatro estados, com buscas e a quebra de sigilo para identificar os envolvidos nas campanhas difamatórias.


Com informações do UOL