Brasília – A Polícia Federal (PF) revelou que um documento contendo detalhes de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi impresso dentro do Palácio do Planalto durante o governo de Jair Bolsonaro.
O arquivo, identificado como “Plj.docx”, foi impresso em 6 de dezembro de 2022 pelo general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. O plano fazia parte da operação “Punhal Verde e Amarelo”, que visava impedir a posse do governo eleito.
Investigação aponta ligação com Planalto
Segundo a PF, a impressão ocorreu no Palácio do Planalto, enquanto Bolsonaro estava no local. Após ser impresso, o documento foi levado ao Palácio da Alvorada, residência oficial do então presidente.
A investigação também revelou que os dispositivos telefônicos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do major Rafael Martins de Oliveira, envolvidos no esquema, estavam conectados às redes de comunicação do Planalto no momento da impressão.
Operação Contragolpe: prisões e apreensões
A Operação Contragolpe, realizada nesta terça-feira (19), prendeu cinco suspeitos, incluindo Mário Fernandes e Rafael Martins de Oliveira. A PF apreendeu documentos e dispositivos eletrônicos relacionados ao plano.
O esquema previa a prisão ou execução de Moraes em 15 de dezembro de 2022, poucos dias antes da posse de Lula. A estratégia fazia parte de uma articulação mais ampla para impedir a posse do governo eleito.
Entenda, saiba mais tire suas dúvidas
O que era o plano “Punhal Verde e Amarelo”?
Era um esquema elaborado por militares para sabotar a posse de Lula e eliminar figuras-chave, como Alexandre de Moraes.
Qual o papel de Bolsonaro no caso?
O documento foi impresso dentro do Planalto durante seu governo, e pessoas ligadas ao então presidente estão sendo investigadas.
Quem são os principais alvos da operação?
Cinco pessoas foram presas, incluindo o general da reserva Mário Fernandes e o major Rafael Martins de Oliveira.
A investigação continua?
Sim, a PF busca identificar outros envolvidos e aprofundar os detalhes do esquema.