Grupos de esquerda voltaram a ocupar a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, neste domingo (14/12), em um ato contra o Congresso Nacional após a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria na Câmara dos Deputados.
Segundo organizadores, a avenida já estava lotada horas antes do início oficial da manifestação.
Reação ao projeto
Com o lema “Congresso Inimigo do Povo”, o ato, previsto para as 14h, reage ao avanço do projeto que reduz as penas dos presos pelos atos de 8 de Janeiro. Entre os beneficiados pelo texto está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Convocação política
“O Congresso não nos deixa dormir, então também não daremos descanso. Domingo vamos para a rua pressionar contra a redução das penas dos golpistas”, afirma o post de convocação divulgado pela Frente Povo Sem Medo, grupo ligado ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol).
Alvo central
O principal foco das críticas é o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por pautar o PL da Dosimetria nesta semana. Para os manifestantes, a decisão simboliza a tentativa do Legislativo de aliviar punições impostas pelo STF.
Outras pautas
Além da oposição ao Congresso e à anistia, os protestos também incorporam outras reivindicações, como o fim da escala de trabalho 6×1 e o combate ao feminicídio. Atos semelhantes ocorrem simultaneamente em outras cidades do país.
