Rumores intensificaram o clima de apreensão entre aliados e familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro diante da possibilidade de uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele cumprimente um período inicial de prisão de pelo menos 15 dias no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A informação, divulgada no domingo (2), ganhou força nos bastidores políticos e entre assessores próximos a Bolsonaro, que passaram a consultar advogados e parlamentares sobre as implicações e desdobramentos dessa medida.
Detalhes da possível detenção
Segundo fontes ouvidas pelo portal Metrópoles e a reportagem de Lauro Jardim no jornal O Globo, o ex-presidente teria confidenciado a aliados que acredita ser inevitável sua ida para a Papuda antes da possível concessão de prisão domiciliar. A expectativa é que o início da execução da pena ocorra em dezembro, após a análise dos embargos que contestam a condenação da Suprema Corte.
Os principais argumentos da defesa para a concessão da prisão domiciliar são o delicado estado de saúde de Bolsonaro, que vem enfrentando crises de soluço, além de ter passado por três internações hospitalares e procedimentos cirúrgicos desde janeiro de 2025. Ainda assim, os aliados se preparam para a possibilidade de o primeiro período ser cumprido em regime fechado.
Condenação e contexto jurídico
Em setembro, o STF condenou Jair Bolsonaro e outros sete réus a penas que somam 27 anos e três meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, entre eles organização criminosa armada, atentado ao estado democrático, dano qualificado e grave ameaça ao patrimônio público.
A defesa classificou a sentença como “injusta e equivocada” e apresentou embargos para revisão. Caso os recursos sejam rejeitados, a expectativa oficial é que a execução da pena tenha início em dezembro, conforme apontado por fontes próximas à família.
Repercussões políticas e eleitorais
O rumor sobre a prisão causou movimentação intensa entre parlamentares de extrema-direita, que avaliam riscos e desdobramentos tanto do ponto de vista jurídico quanto eleitoral. Há preocupação com o impacto negativo potencial sobre a mobilização dos apoiadores de Bolsonaro, já fragilizados após o fim do mandato presidencial.
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Reuniões emergenciais foram convocadas entre assessores para tratar do planejamento da resposta política e controlar narrativas nas redes sociais e meios de comunicação conservadores. O núcleo familiar do ex-presidente acompanha atentamente o desenrolar dos fatos em Brasília e mantém contato constante com os advogados.
Até o momento, não há confirmação oficial pelo STF sobre qualquer decisão de prisão, o que mantém o cenário em aberto, mas com expectativa crescente de que a execução da pena aconteça ainda neste ano.
