O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assinou portarias que retiram o vínculo empregatício de Alexandre Ramagem e Anderson Torres com a Polícia Federal, efetivamente demitindo ambos da corporação.
As medidas, publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (4), cumprem ordens do Supremo Tribunal Federal (STF) após condenações por participação na tentativa de golpe de Estado.
Os nomes aparecem mascarados nas planilhas da PF no Portal da Transparência por segurança, impossibilitando a verificação de remunerações. Processos administrativos disciplinares (PADs) contra os dois seguem em andamento.
Ramagem, deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro, pegou 16 anos de prisão pela Primeira Turma do STF. Antes do julgamento, fugiu de avião para Boa Vista, seguiu de carro à fronteira com Guiana ou Venezuela e agora é foragido nos Estados Unidos.
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro e chefe da Segurança Pública do Distrito Federal durante os atos golpistas de janeiro de 2023, foi sentenciado a 24 anos. Após trânsito em julgado, foi preso no 19º Batalhão de Polícia Militar do DF, no Complexo Penitenciário da Papuda.
