Brasília – A votação do PL do Estupro, que classifica o aborto após a 22ª semana como homicídio, deve ser adiada na Câmara dos Deputados. O autor da proposta, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), admite que a análise pode ser postergada para após as eleições municipais.
O que você precisa saber
- Deputado Sóstenes Cavalcante sugere adiamento da votação do PL do Estupro.
- O projeto classifica o aborto após a 22ª semana como homicídio.
- Arthur Lira, presidente da Câmara, já indicava possível adiamento.
- A urgência foi aprovada em uma votação rápida de 25 segundos.
- Sóstenes Cavalcante afirmou que não há pressa para pautar o projeto.
Contexto da Votação
O deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante informou que a análise do PL do Estupro pode ser adiada para o final do ano. A proposta, que classifica o aborto após a 22ª semana como homicídio, teve sua urgência aprovada rapidamente, mas ainda não tem data para ser pautada no plenário.
Declarações dos Envolvidos
Arthur Lira, presidente da Câmara, afirmou que não há previsão para definir um relator ou para colocar o mérito do texto em pauta. Após a repercussão negativa, Sóstenes alinhou seu discurso ao de Lira, declarando que não há pressa para votar a iniciativa.
“Não estou com pressa nenhuma. Votei a urgência e agora temos o ano todo para votar isso. O Lira tem compromisso conosco e ele pode cumprir até o último dia do mandato dele,” disse Sóstenes.
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Estratégia e Protestos
Sóstenes minimizou os protestos contra sua proposta e criticou o governo por tentar barrar a iniciativa após inicialmente “lavar as mãos”. Ele explicou que sua estratégia será “jogar parado”, sem pressa para avançar o texto.
“O governo está dando corda para as feministas nesse assunto, elas estão desesperadas. Eu estou muito calmo, deixa elas sapatearem. Eu já ganhei, votamos a urgência, sem nominal, ninguém chiou, tudo caladinho, tudo dominado, dominamos 513 parlamentares,” afirmou Sóstenes.