Representações contra Randolfe, do Val e Flávio Bolsonaro avançam no Conselho de Ética do Senado

O colegiado também escolheu Davi Alcolumbre como relator de uma representação de 2020 contra Chico Rodrigues (PSB-RR)

Marcos do Val (Podemos-ES)
Marcos do Val (Podemos-ES) - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Brasília – Após um ano sem atividade, o Conselho de Ética do Senado retomou suas reuniões nesta terça-feira (9). O conselho decidiu prosseguir com representações contra os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ações mais antigas contra os mesmos parlamentares foram arquivadas.

O que você precisa saber

  • Representações aceitas: Conselho de Ética prossegue com ações contra Randolfe Rodrigues, Marcos do Val e Flávio Bolsonaro.
  • Denúncia de golpe: Marcos do Val é acusado de participar de plano golpista envolvendo Jair Bolsonaro.
  • Confronto com youtuber: Randolfe Rodrigues é acusado por Flávio Bolsonaro de abordar Wilker Leão de forma autoritária.
  • Ligação com milícias: Flávio Bolsonaro enfrenta investigação por suposta ligação com milícias no Rio de Janeiro.
  • Ações arquivadas: Várias representações pendentes contra os senadores foram arquivadas.

Representações e Acusações

Marcos do Val enfrenta denúncia de Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros (MDB-AL) por supostamente participar de um plano golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e coação para incriminar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Jayme Campos (União-MT), presidente do conselho, aceitou a admissibilidade da representação. Jorge Seif (PL-SC), aliado de do Val, foi sorteado como relator.

Randolfe Rodrigues é alvo de uma representação de Flávio Bolsonaro, que o acusa de abordar o youtuber Wilker Leão de forma autoritária no Senado em 2023. Renan Calheiros foi designado como relator. No entanto, o conselho rejeitou uma denúncia do ex-deputado Daniel Silveira contra Randolfe por se referir a Bolsonaro como “genocida” e “ladrão”.

O caso mais antigo aceito envolve Flávio Bolsonaro e foi apresentado por PT, PSOL e Rede em fevereiro de 2020, pedindo a investigação de sua suposta ligação com milícias no Rio de Janeiro. O senador Hiran (PP-RR) foi escolhido como relator.

Ações Arquivadas

Além disso, o conselho arquivou várias representações pendentes contra os senadores mencionados e outros, incluindo Davi Alcolumbre (União-AP). Uma das denúncias contra Alcolumbre, apresentada pelo PTB, criticava a demora em pautar a indicação de André Mendonça ao STF em 2021. Outras envolvem Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Marcos do Val, que afirmou ter recebido emendas do orçamento secreto como gratidão pelo apoio na eleição de Pacheco.

O colegiado também escolheu Davi Alcolumbre como relator de uma representação de 2020 contra Chico Rodrigues (PSB-RR), acusado de desvio de recursos destinados ao combate à Covid-19 em Roraima e de tentar esconder dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal. Rede e Cidadania pedem a abertura de investigação por obstrução e ocultação de valores.