O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) usou as redes sociais nesta sexta-feira (26) para elogiar o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a proposta de extinguir a escala de trabalho 6×1.
Em vídeo, o parlamentar — que integra o campo bolsonarista — afirmou que, apesar de ser oposição ao governo federal, defenderá toda medida que beneficie a população.
“Sou oposição ao Lula, não ao Brasil”
Na gravação, Cleitinho deixou claro que seu posicionamento não representa alinhamento político com o Palácio do Planalto.
“Sou oposição ao Lula, mas não sou oposição ao Brasil. Não sou aliado do Lula, mas sou aliado do povo e tudo que for a favor do povo, eu vou defender”, declarou.
O senador ressaltou que essa postura não é recente e que já defende pautas sociais semelhantes há mais de um ano, independentemente do atual debate promovido pelo governo.
Relato pessoal
Para justificar o apoio ao fim da jornada 6×1, Cleitinho recorreu a uma experiência familiar. Segundo ele, a proposta dialoga diretamente com a realidade de milhões de trabalhadores brasileiros.
“No Natal e no Réveillon, no dia 24, eu passava com meu pai, e ele dormia mais cedo porque tinha que trabalhar. Todo ano ele trabalhava tanto no dia 25 quanto no dia 1º. Meu pai passou 365 dias trabalhando”, relatou.
Oposição segue em outras pautas
Apesar do elogio pontual, Cleitinho Azevedo segue opositor do governo Lula em áreas como economia, políticas sociais e na relação do Executivo com o Judiciário. Ex-integrante da base de apoio de Jair Bolsonaro (PL), o senador afirmou que sua posição sobre a jornada de trabalho é uma defesa de direitos trabalhistas, não um gesto partidário.
Debate no Congresso
A declaração do senador ocorre em meio a um movimento mais amplo no Congresso, no qual parlamentares da oposição demonstram disposição para apoiar medidas consideradas favoráveis aos trabalhadores, mesmo mantendo divergências políticas com o governo.
A proposta defendida por Lula busca reduzir a carga de trabalho de profissionais submetidos à escala 6×1 — modelo em que o empregado trabalha seis dias consecutivos e tem apenas uma folga semanal — reacendendo o debate nacional sobre qualidade de vida e condições de trabalho no país.

