domingo, 21/12/25 - 09:22:39
24.8 C
Rio de Janeiro
InícioPolíticaSóstenes Cavalcante chama Moraes de “psicopata” e lidera ofensiva bolsonarista após prisão...
Podem ser os próximos

Sóstenes Cavalcante chama Moraes de “psicopata” e lidera ofensiva bolsonarista após prisão do chefe golpista

Deputados do PL transformam decisão do STF em combustível político enquanto a cúpula do partido tenta conter danos e reorganizar sua estratégia após a detenção preventiva do ex-presidente.

O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, reagiu à prisão preventiva de Jair Bolsonaro, executada na manhã de 22 de novembro de 2025, com ataques de extrema gravidade ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O parlamentar classificou o ministro como “psicopata”, transformando a decisão judicial em munição para o discurso de radicalização do bolsonarismo — uma estratégia já conhecida para mobilizar sua base e tensionar instituições.

A prisão ocorreu após análise da Polícia Federal, que apontou risco à ordem pública diante da convicção bolsonarista em promover mobilização noturna convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, marcada para este sábado em Brasília. O ministro Moraes autorizou a medida cautelar após a avaliação de que a vigília poderia catalisar atos de desestabilização.

Fato: Sóstenes Cavalcante reage com ataques violentos ao STF após prisão de Bolsonaro.
Causa: Decisão de prender o ex-presidente diante de risco institucional gerado por mobilização convocada por seus aliados.
Consequência: Reforço do tensionamento político e uso estratégico da vitimização para mobilizar a base bolsonarista.

Mais Notícias

Alexandre de Moraes autoriza cirurgia de Jair Bolsonaro

Ministro do STF libera procedimento eletivo, envia autos à PGR e reafirma ausência de requisitos para prisão domiciliar

Milagre: Sóstenes Cavalcante declarou R$ 4,9 mil em bens em 2022; PF apreendeu R$ 430 mil

Líder do PL disse que dinheiro vivo encontrado em casa seria resultado da venda de um imóvel e que não houve tempo para depósito bancário.
  • Data da prisão: 22/11/2025
  • Motivação: Garantia da ordem pública
  • Autor da decisão: Ministro Alexandre de Moraes
  • Local da mobilização: Jardim Botânico, Brasília
  • Líder da reação política: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

Em sua fala, Sóstenes elevou o tom ao afirmar que “prender o ex-presidente no dia 22, em um sábado de manhã, por causa de uma vigília, seria o maior estado de um psicopata em alto grau”. O deputado reforçou o ataque ao dizer que o episódio seria “mais um capítulo da psicopatia do Alexandre de Moraes”. A escolha das palavras mostra o alinhamento total entre o discurso do líder do PL e o núcleo radical da militância bolsonarista, que há anos utiliza retórica agressiva contra o STF.

A reação organizada do PL e o encontro com Valdemar Costa Neto

O deputado afirmou que se reunirá com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em Minas Gerais, onde ambos participariam de um evento partidário. Segundo ele, a continuidade da agenda e os próximos passos serão avaliados em conjunto, numa tentativa de reorganizar a linha política do partido diante da detenção do seu principal ativo eleitoral e símbolo máximo da extrema direita.

A prisão preventiva foi decretada com base na avaliação de que a vigília convocada para esta noite tinha potencial de gerar novo tensionamento institucional. O histórico recente reforçou o alerta: atos “espirituais” convocados pelo bolsonarismo costumam se converter em manifestações políticas — e, em alguns casos, violentas.

Reações no ecossistema bolsonarista: vitimização como combustível político

Nas redes sociais, a prisão desencadeou uma série de manifestações de parlamentares alinhados ao ex-presidente. Sóstenes afirmou que “Bolsonaro sempre será inocente”, ignorando a condenação por tentativa de golpe de Estado, e disse considerar a decisão “injusta”.

O deputado Zucco, líder da oposição na Câmara, afirmou em vídeo que a prisão seria uma “vingança” e que “aquele que lutou contra o sistema agora é refém dele” — reforçando a narrativa conspiratória usada reiteradamente pelo bolsonarismo.

A deputada Caroline de Toni classificou a prisão como “um dos maiores absurdos cometidos pela justiça brasileira”, ecoando a mesma estratégia discursiva: transformar uma decisão judicial fundamentada em uma suposta perseguição política.

Enquanto isso, a Polícia Federal reiterou, em nota, que apenas cumpriu o mandado expedido pelo STF — um lembrete de que o funcionamento institucional segue operando apesar do ruído político criado pelos aliados de Bolsonaro.

Projeção de Cenário

A reação do PL evidencia que a prisão de Bolsonaro não encerra o ciclo de radicalização — ela o acelera. A insistência em ataques frontais ao STF demonstra que setores da extrema direita seguem utilizando o conflito como método político. O desafio democrático agora é impedir que a retórica de vitimização abasteça novas mobilizações insurrecionais. O país precisa avançar em políticas de educação cívica, transparência institucional e fortalecimento do jornalismo independente para imunizar a sociedade contra discursos antidemocráticos.

JR Vital
JR Vitalhttps://diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
Parimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino online

Relacionadas

Alexandre de Moraes autoriza cirurgia de Jair Bolsonaro

Ministro do STF libera procedimento eletivo, envia autos à PGR e reafirma ausência de requisitos para prisão domiciliar

Milagre: Sóstenes Cavalcante declarou R$ 4,9 mil em bens em 2022; PF apreendeu R$ 430 mil

Líder do PL disse que dinheiro vivo encontrado em casa seria resultado da venda de um imóvel e que não houve tempo para depósito bancário.

STM abre processo para avaliar indignidade de Bolsonaro

Corte militar admite representação apresentada por Natália Bonavides e inicia tramitação para avaliar indignidade de oficiais condenados por tentativa de golpe.

Renan chama o irmão Carlos Jordy de Vagabundo e Traficante após ação da PF

No vídeo, Renan amplia as críticas e relata episódios do passado do irmão

Sóstenes diz que os mais de R$ 400 mil apreendidos pela PF são de venda de imóvel

Deputado afirma que dinheiro encontrado em casa estava lacrado e identificado; PF investiga desvio de cotas parlamentares por meio de contratos simulados.

Mais Notícias

Assuntos:

Recomendadas