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Sóstenes quer usar PL do Estupro para barganhar com o PSOL

Brasília – O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) declarou à coluna que está disposto a retirar o projeto de lei que equipara o aborto ao homicídio, desde que o PSOL também retire a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre assistolia fetal. As informações são da Coluna de Raquel Landim, no UOL.


O que você precisa saber:

  • Proposta: Retirada do projeto de lei que equipara aborto a homicídio
  • Condição: PSOL retirar ação no STF sobre assistolia fetal
  • Proponentes: 33 deputados, majoritariamente do PL e bancada evangélica
  • Resposta: PSOL diz que decisão partidária já está em julgamento no STF

Contexto do projeto de lei

O projeto de lei, proposto por 33 deputados do PL e da bancada evangélica, equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao homicídio e torna ilegal a assistolia fetal, técnica que interrompe os batimentos cardíacos do feto antes da retirada do útero. Esta proposta surgiu como resposta a uma liminar do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu uma decisão do Conselho Federal de Medicina proibindo a assistolia fetal.

Posição dos envolvidos

Sóstenes Cavalcante afirmou: “Se o PSOL retirar a ação, posso retirar o projeto. Claro que tenho que conversar com os demais autores. Mas só fizemos o projeto por causa dessa ação. O PSOL precisa ter juízo e parar de judicializar a política.”

Por outro lado, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que reverter uma decisão partidária em julgamento no STF é impossível. “Se o Sóstenes quiser rediscutir o projeto e sua tramitação estamos abertos, mas não a partir de qualquer troca”, comentou.

Discussão e controvérsia

Antes da polêmica, havia um acordo entre lideranças para reduzir o projeto à proibição da assistolia fetal, retirando a equiparação entre aborto e homicídio. No entanto, Sóstenes defende a inclusão de punição para a prática do aborto pelos médicos, com a possibilidade de inocentar a mulher pelo juiz.

A deputada Sâmia Bonfim (PSOL) vê um acordo limitando o projeto à proibição da assistolia fetal como uma “armadilha” para a bancada feminina, deixando mulheres sem alternativas seguras para interromper gestações avançadas.

Reações políticas e sociais

Chico Alencar acredita que a sugestão de Sóstenes reflete a pressão social contra a bancada evangélica. Sóstenes nega e afirma ter apoio partidário para a aprovação da urgência do tema. Na quarta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, aprovou a urgência em 23 segundos.

Após a reação nas redes sociais e ruas, o governo Lula, que se omitia, posicionou-se contra o projeto. O líder do governo, José Guimarães, liberou a bancada para votar, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que orientará voto contra se o projeto seguir para o plenário.

Próximos passos

Sóstenes pretende se reunir com Arthur Lira na terça-feira para discutir a relatoria do projeto. Lira busca uma “relatora moderada” e discute o nome com a deputada Benedita da Silva (PT), coordenadora da bancada feminina. Sóstenes prefere um nome de um partido de centro.


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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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