Brasília – A Polícia Federal e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão monitorando possíveis rotas que o ex-presidente Jair Bolsonaro poderia utilizar para deixar o país, caso seja condenado por tentativa de golpe de Estado. Investigadores apontam os Estados Unidos como destino provável, seguindo um trajeto pela Argentina, onde tem apoio do presidente Javier Milei.
Segundo a jornalista Andréia Sadi, do G1, a fuga poderia ocorrer por terra até a Argentina, onde Bolsonaro embarcaria em um jatinho rumo aos EUA. Esse plano se fortaleceu após seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), decidir permanecer nos Estados Unidos sob a justificativa de perseguição política.
PF admite dificuldade na fiscalização
A Polícia Federal reconhece que monitorar toda a fronteira terrestre do Brasil é uma tarefa complexa. Contudo, a entrada na Argentina apresenta mais desafios, pois o controle migratório no país vizinho é rigoroso. Dessa forma, um alerta antecipado poderia frustrar a fuga.
STF acompanha movimentações de Bolsonaro
Ministros da Corte têm convicção de que Bolsonaro tentaria viajar para os EUA. Eles avaliam que, antes de cruzar a fronteira, o ex-presidente poderia passar por Santa Catarina ou São Paulo. No entanto, qualquer decisão de prisão preventiva antes da condenação dependeria de alguma tentativa de interferência no processo.
Bolsonaro já evitou comparecer ao segundo dia de julgamento no STF, temendo que alguma medida cautelar fosse imposta, como o uso de tornozeleira eletrônica.
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Bolsonaro e aliados são réus
Nesta quarta-feira (26), o ex-presidente e sete aliados se tornaram réus por decisão unânime da Primeira Turma do STF. Se condenado por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro poderá cumprir pena entre 25 e 35 anos de prisão.
Entenda o caso: Bolsonaro e a tentativa de fuga
- Investigação da PF: monitoramento de rotas de fuga do ex-presidente.
- Destino possível: EUA via Argentina, com apoio de Javier Milei.
- Dificuldades para sair do Brasil: fiscalização apertada na fronteira.
- Decisão do STF: Bolsonaro e aliados se tornam réus.
- Possível condenação: penas entre 25 e 35 anos de prisão.