São Paulo – A deputada Carla Zambelli (PL-SP) solicitou apoio em um grupo de WhatsApp de parlamentares da oposição para um ato marcado para o dia 6 de setembro, visando o impeachment do presidente Lula (PT). A iniciativa é vista com ceticismo por aliados próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acreditam que o movimento só ganhará força após as eleições municipais em outubro.
O que você precisa saber
- Carla Zambelli usa grupo de WhatsApp para mobilizar oposição em ato contra Lula.
- Aliados de Bolsonaro desconfiam das intenções de Zambelli, que está sob investigação no STF.
- Manifestação marcada para 6 de setembro não tem apoio de Bolsonaro ou Silas Malafaia.
- Zambelli nega organizar o evento, afirmando que apenas divulgou informações a pedido do Space Liberdade.
Desconfiança Entre Aliados de Bolsonaro
Os aliados de Bolsonaro, que preferiram não se identificar, veem a ação de Zambelli como uma tentativa de se promover politicamente em um momento delicado de sua carreira, pois ela está sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a reportagem de Paulo Capelli no Metrópoles, a estratégia de Zambelli é vista como autopromoção.
Planejamento do Ato
Em uma mensagem enviada aos bolsonaristas, Zambelli pediu apoio para a manifestação: “O pessoal do Space Liberdade está organizando uma manifestação no dia 6/9 na Paulista. Os motes são os impeachments do Lula e do [Alexandre de] Moraes. Nas minhas postagens, estou colocando somente o impeachment do Lula, pois minha situação é delicada. O importante é divulgar a data. Alguém aqui quer ir a São Paulo ou pode ajudar na divulgação?”
Ausência de Endosso
Até o momento, o ato não conta com o endosso de Bolsonaro ou do pastor Silas Malafaia, principais organizadores de atos da extrema-direita. Na lista de apoiadores divulgada por Zambelli, estão apenas seis deputados, incluindo Zé Trovão (PL-SC), Cabo Gilberto (PL-PB), e Marcos Pollon (PL-MS).
Declaração de Zambelli
Zambelli defendeu-se das acusações de autopromoção, afirmando que não está envolvida na organização do evento: “O movimento não é organizado por mim, não é pago por mim. Quem está à frente é o Space Liberdade. Perguntaram se eu podia ajudar a divulgar, aí soltei dois banners. Nada além disso. Quando tem manifestação, eu vou,” declarou ao Metrópoles.
Manifestações Anteriores
Este ano, Bolsonaro e Malafaia promoveram duas manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro, que tiveram como alvo decisões do ministro Alexandre de Moraes.
