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Zé Trovão depõe à PF e tenta justificar ameaças contra Lula

Deputado bolsonarista nega incitação à violência e diz que falas foram “mal interpretadas”, mas Polícia Federal aponta risco de intimidação política.

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
O deputado federal Zé Trovão. Foto: Divulgação

O deputado bolsonarista Zé Trovão (PL) prestou depoimento à Polícia Federal em inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), após representação apresentada pelo deputado Zeca Dirceu (PT).

O parlamentar é investigado por suposta incitação à violência em postagens direcionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Zé Trovão admite contas, mas nega incitação

Na oitiva realizada por videoconferência, Zé Trovão confirmou ser o titular das contas no TikTok, Twitter e Instagram mencionadas no processo.

Porém, tentou minimizar o teor das publicações, alegando que tinha apenas o objetivo de “informar o público sobre o que o presidente fala”.

“Bandido bom é bandido morto” e “arrancar da cadeira”

Segundo o relatório, o deputado negou que a frase “bandido bom é bandido morto” tivesse sido direcionada ao presidente, alegando que seria uma referência genérica a criminosos.

Já sobre a declaração “nós vamos te arrancar dessa cadeira”, disse que a fala fazia menção às eleições de 2026, quando pretende disputar o cargo para derrotar Lula “pelo voto”.

Silêncio e imunidade parlamentar

Questionado sobre a repercussão de seus vídeos, o deputado preferiu permanecer em silêncio. Em outro momento, afirmou considerar suas falas amparadas pela imunidade parlamentar, que ele entende como sendo “absoluta”.

Apesar disso, os investigadores destacaram que os vídeos analisados não estavam mais disponíveis no momento da perícia, recomendando que as plataformas digitais fossem oficiadas para tentar recuperar o conteúdo.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.