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Com diagnóstico precoce, câncer colorretal tem 90% de cura

O Brasil registra em média 45.630 novos casos de câncer de cólon e reto anualmente, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). E, segundo análise realizada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), estima-se que houve um crescimento de 80,3% no período de 2015 a 2023. Marcelo Averbach, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo do Sírio-Libanês, explica que o câncer colorretal se desenvolve a partir de pólipos intestinais, que podem se tornar malignos ao longo do tempo. ”Quando diagnosticado precocemente, o câncer colorretal tem altas taxas de cura, podendo ultrapassar 90%”, conta Averbach. Além do histórico familiar, alguns fatores aumentam o risco da doença, que em março é mês de conscientização sobre câncer de cólon e reto.

A detecção precoce do câncer colorretal pode ser feita por meio de diferentes exames, de acordo com a idade e histórico do paciente. “A colonoscopia é recomendada a partir dos 45 anos para a população em geral e, para quem tem histórico familiar da doença, pode ser indicada ainda antes. Além disso, entre os 45 e 50 anos, recomenda-se a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Dependendo do caso, o médico pode solicitar uma sigmoidoscopia, exame menos invasivo que avalia parte do intestino grosso”, detalha o especialista.

No caso da fonoaudióloga Tereza Gomes, de 62 anos, que já realizou cerca de sete colonoscopias ao longo da vida, o exame foi fundamental na prevenção da doença O rastreamento periódico foi uma recomendação de sua irmã, médica, que, após o diagnóstico do pai – falecido aos 54 anos devido a um câncer de intestino –, alertou todos os familiares sobre a importância da prevenção. “Desde os 40 anos, faço esse exame regularmente. Na maioria das vezes, foram encontrados apenas pólipos benignos, removidos durante o procedimento. No entanto, em 2022, uma lesão mais achatada foi identificada e precisou ser retirada por meio de cirurgia. Removi 35 centímetros do intestino, do lado direito, e a biópsia confirmou que se tratava de uma lesão pré-cancerígena. Graças ao exame, meu quadro não evoluiu para um câncer e hoje levo uma vida normal”, conta Tereza.

O especialista explica que, além do histórico familiar, alguns fatores aumentam o risco da doença. “Assim como no caso da Tereza, a predisposição genética é um dos principais fatores de risco, mas não o único. A maior incidência da doença ocorre após os 50 anos, e hábitos como alimentação rica em carnes processadas e pobre em fibras, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool também contribuem. Além disso, doenças inflamatórias intestinais, como colite ulcerativa e doença de Crohn, podem aumentar a chance de desenvolver a doença”, conta o Dr. Marcelo.

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Ele também aponta sintomas específicos que exigem atenção redobrada. “Alterações no hábito intestinal, como diarreia ou prisão de ventre prolongada, sangue nas fezes (vermelho vivo ou escuro), dor ou desconforto abdominal persistente e perda de peso inexplicável são sinais de alerta. Caso esses sintomas apareçam, é fundamental procurar um médico”, orienta Averbach.

Em relação ao prognóstico, o coloproctologista explica que nos estágios iniciais, a cirurgia para remoção da área afetada pode ser suficiente, e em alguns casos é necessária uma colostomia temporária ou permanente. Já em quadros mais avançados, o tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia, reduzindo significativamente as chances de cura. “Atualmente, há também terapias-alvo, que bloqueiam o crescimento das células tumorais em alguns casos”, acrescenta.

Após a cirurgia, Tereza adaptou alguns hábitos para manter sua saúde. “Hoje, faço a colonoscopia a cada dois anos. Além disso, eliminei os embutidos da alimentação, evito ao máximo alimentos ultraprocessados e reduzi drasticamente o consumo de álcool.” E, no mês de conscientização sobre a doença, ela reforça a importância da prevenção. “Eu mesma precisei ser convencida a fazer a colonoscopia. O preparo do exame pode ser trabalhoso, mas o benefício para a saúde é imensurável. Sempre digo: tenham mais medo de não fazer o exame do que fazê-lo. Detectar o problema precocemente faz toda a diferença. No meu caso, foi o que impediu que meu quadro evoluísse para um câncer”, finaliza.

 

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