Comitê da Bacia da Baía de Guanabara investe em soluções para saneamento básico 

Para 2023, está previsto o aporte de mais de R$ 11 milhões em projetos de saneamento. O mais recente investimento feito pelo colegiado foi a contratação de projetos de esgotamento sanitário para Guapimirim, na Baixada Fluminense.

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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...

Como forma de auxiliar no processo da universalização do acesso ao saneamento básico e de reforçar o compromisso com a preservação do meio ambiente, o Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara e dos Sistemas Lagunares de Maricá e Jacarepaguá (CBH Baía de Guanabara) tem investido em diversos projetos que visam a universalização do acesso, meta do Marco Legal do Saneamento e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Para o ano de 2023, está previsto o investimento de mais de R$ 11 milhões em projetos ao longo de toda Região Hidrográfica V, que compõe a Baía de Guanabara

Dentre os aportes em andamento ou já concluídos estão o investimento de R$ 500 mil para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico da cidade do Rio de Janeiro; a implantação dos serviços de saneamento básico e drenagem pluvial na Comunidade do Cabrito em Niterói, que impacta a vida de 315 moradores da região; e o investimento de mais de R$2 milhões na instalação de 93 pontos de monitoramento quali-quantitativo na Baía de Guanabara

A última ação desenvolvida pelo Comitê foi a contratação de projetos de esgotamento sanitário para o bairro Vale das Pedrinhas, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. O valor do contrato foi de R$ 208.438,88 e prevê a realização de estudos básicos e de concepção, que já estão em andamento; a criação do projeto básico; de estudos geotécnicos e estudos ambientais; e do projeto executivo. O objetivo do planejamento é propor uma forma de diminuir a carga de esgoto no Canal Piaçava, localizado no bairro, para que a prefeitura da cidade possa licitar a execução. 

Cenário brasileiro 

Os dados nacionais sobre o acesso ao saneamento básico e os impactos da falta de tratamento dos efluentes para a natureza acendem o alerta para a necessidade de ações efetivas na área. 

De acordo com o 15º Ranking do Saneamento (2023), produzido pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e por volta de 100 milhões de pessoas não contam com serviços de coleta de esgoto. Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, apenas 51,20% do esgoto gerado no Brasil é tratado, ou seja, mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto são despejadas na natureza, assim impactando os rios, mares e as espécies aquáticas. 

“Em um país no qual grande parte da população sofre com a falta de saneamento, mesmo com as metas a serem cumpridas previstas no Marco Legal do Saneamento, são grandes as carências. Neste sentido, de forma complementar a atuação do governo e das concessionárias, iniciativas pontuais do Comitê, em áreas sensíveis do seu território, ajudarão a reduzir os problemas quanto à coleta de esgoto”, destaca o coordenador da Câmara Técnica de Saneamento Ambiental (CTSAM) do CBH Baía de Guanabara, Marcos Basbaum.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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