Rio de Janeiro – A Polícia Civil do Rio identificou e intimou os professores Carolina de Palma, de 28 anos, e Thiago Martins Maranhão, de 41 anos, que foram filmados imitando macacos durante uma roda de samba no Centro do Rio no dia 19 de julho. Carolina, argentina residente em Buenos Aires, e Thiago, carioca morador de São Paulo, deverão prestar depoimento no inquérito que apura racismo.
RESUMO DA NOTÍCIA
- Identificação: Polícia Civil identifica professores envolvidos em atos racistas.
- Intimação: Carolina de Palma e Thiago Martins Maranhão deverão prestar depoimento.
- Repercussão: Escola bilíngue de São Paulo toma medidas em relação a colaborador envolvido.
- Denúncia: Jornalista Jackeline Oliveira denuncia o caso com apoio de vereadora e organizador do evento.
- Contexto: Asociación Orff Argentina defende Carolina, alegando contexto pedagógico na imitação de animais.
INVESTIGAÇÃO E INTIMAÇÃO
O Centro de Cooperação Policial Internacional do RJ ajudou a identificar Carolina de Palma, que chegou ao Brasil no dia 14 para um seminário do Fórum Latino-Americano de Educação Musical (Fladem) e voltou para a Argentina no domingo seguinte. Thiago, que não participou do Fladem, retornou a São Paulo pouco depois do incidente. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) informou que Carolina será ouvida por carta rogatória, enquanto Thiago prestará depoimento em uma delegacia paulista por carta precatória.
MEDIDAS DA ESCOLA BILÍNGUE
Na sexta-feira (26), uma escola bilíngue de São Paulo anunciou em suas redes sociais que tomou medidas cabíveis em relação a um colaborador envolvido no ato racista na Praça Tiradentes. A instituição não revelou o nome ou função do colaborador, nem especificou as medidas tomadas, mas reafirmou seu compromisso em promover um ambiente seguro e respeitoso.
DENÚNCIA E APOIO
O caso foi denunciado pela jornalista Jackeline Oliveira, que registrou a ocorrência na Decradi na segunda-feira, acompanhada da vereadora Mônica Cunha, presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara Municipal, do organizador da roda de samba, Wanderso Luna, e de uma advogada da comissão. Jackeline destacou a importância do apoio da comissão para formalizar a denúncia e enfatizou a necessidade de mobilização para que tais casos não fiquem apenas no inquérito.
VÍDEO DO INCIDENTE
No vídeo divulgado por Jackeline, é possível ver um homem e uma mulher, ambos brancos, imitando macacos com gestos e sons durante a roda de samba. A mulher chega a fingir tirar algo da cabeça do companheiro e colocar na boca. Testemunhas relataram que pelo menos mais uma pessoa também participou dos atos racistas.
DECLARAÇÃO DA ASOCIACIÓN ORFF ARGENTINA
Em nota, a Asociación Orff Argentina, à qual Carolina é associada, afirmou que, na Argentina, imitações de animais não têm conotações racistas no contexto de atividades pedagógicas.
PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE O CASO DE RACISMO NA RODA DE SAMBA
Quem são os professores envolvidos no caso de racismo?
Os professores são Carolina de Palma, de 28 anos, argentina, e Thiago Martins Maranhão, de 41 anos, carioca.
Qual foi a reação da escola bilíngue de São Paulo?
A escola bilíngue de São Paulo tomou medidas cabíveis em relação a um colaborador envolvido no ato racista, mas não revelou detalhes.
Quem denunciou o caso de racismo?
A jornalista Jackeline Oliveira denunciou o caso, com o apoio da vereadora Mônica Cunha e do organizador da roda de samba, Wanderso Luna.
Como a Asociación Orff Argentina defendeu Carolina de Palma?
A Asociación Orff Argentina afirmou que, na Argentina, imitações de animais não têm conotações racistas no contexto de atividades pedagógicas.
Qual é a próxima etapa da investigação?
Carolina de Palma será ouvida por carta rogatória e Thiago Martins Maranhão prestará depoimento em uma delegacia paulista por carta precatória.
