A apresentação de Gil marcou o desfecho do protesto contra o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado na Câmara e criticado por manifestantes por abrir caminho à redução de penas de condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro. O coro silencioso de luzes acompanhando a canção transformou o ato em um espetáculo visual e político.
Ato Musical 2: O Retorno
Batizada de “Ato Musical 2: O Retorno”, a mobilização foi convocada por Caetano Veloso e reuniu alguns dos principais nomes da música brasileira. A iniciativa deu continuidade ao protesto de 21 de setembro, realizado contra a chamada PEC da Blindagem, que acabou arquivada no Senado após forte pressão popular.
Palco diverso
Além de Caetano e Gil, o palco recebeu Paulinho da Viola, Lenine, Fafá de Belém, Fernanda Abreu, Emicida, Xamã, Baco Exu do Blues, entre outros artistas, reforçando a convergência entre cultura e mobilização democrática.
Discursos políticos
Antes das apresentações, parlamentares discursaram ao público, incluindo Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ), Tarcísio Motta (PSOL-RJ), Marcelo Freixo e Glauber Braga (PSOL-RJ). As falas criticaram o Congresso e o avanço de propostas vistas como tentativa de anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.
Clima do ato
Ao longo da tarde e da noite, a manifestação manteve caráter pacífico e massivo, com palavras de ordem em defesa da democracia, da Constituição e contra a impunidade. O encerramento com Gilberto Gil consolidou o tom histórico do encontro, unindo música, memória e política.

