terça-feira, 04/11/25 - 20:15:43
22 C
Rio de Janeiro
InícioDireitos HumanosLíderes indígenas e viúvas de Dom e Bruno voltam à região do crime

Líderes indígenas e viúvas de Dom e Bruno voltam à região do crime

                                                           Nesta segunda-feira (27), líderes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que vivem sob ameaça de morte voltaram a Atalaia do Norte, no Amazonas, pela primeira vez, desde o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em junho de 2022. Dom e Bruno reuniam provas contra criminosos do Vale do Javari e pretendiam denunciá-los às autoridades, em um caso que ganhou repercussão mundo afora.

Os representantes da Terra Indígena do Vale do Javari estiveram com autoridades do governo federal, com o objetivo de marcar a unidade de forças com o poder público, em defesa dos povos que habitam a região.

Também estiveram na sede da Univaja as viúvas de Dom e Bruno, respectivamente, Alessandra e Beatriz Matos, que assumiu, há cerca de duas semanas, o cargo de diretora do Departamento de Proteção Territorial e de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, no Ministério dos Povos Indígenas.

Do mesmo modo que os líderes, Alessandra e Beatriz alegaram ter tido medo para justificar o afastamento do local e disseram que a viagem só foi possível por um esquema de proteção de forças de segurança.

Também presente, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que a disposição do governo Lula para avançar em pautas do movimento indígena é “um estado de oportunidade”. Como exemplo, a ministra citou o fato de haver, pela primeira vez, no comando da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) uma líder indígena mulher, Joenia Wapichana.

Sonia Guajajara ressaltou que isso ganhou repercussão mundial. Em um discurso que provocou aplausos de indígenas de diversos povos, a ministra disse que vai levar a cabo a mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retirar todos os invasores de terras indígenas. “Não é possível mais que vivam acuados no próprio território”, afirmou.

Mais Notícias

Presidente do STM acusa ministro de misoginia após pedido de perdão por morte de Herzog

Presidente do STM, ministra Maria Elizabeth Rocha, rebate críticas misóginas e reafirma pedido de perdão às vítimas da ditadura.

Enquanto a direita comemora violência nas favelas: crianças do Rio vivem rotina de guerra e enfrentam graves traumas

Crianças nas favelas do Rio enfrentam uma infância marcada por tiroteios, medo constante e traumas emocionais, com escolas frequentemente fechadas e rotina impactada por operações policiais violentas

Uma das metas que o governo Lula vai perseguir é dar fim à impunidade, o que se relaciona com o prosseguimento de investigações “de todos os crimes contra indígenas na região”, destacou a ministra.

Além disso, a força-tarefa que surgiu por iniciativa da Univaja cobra a presença permanente de agentes de segurança pública no Vale do Javari.

JR Vital
JR Vitalhttps://www.diariocarioca.com/
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
Parimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino onlineParimatch Cassino online

Relacionadas

Presidente do STM acusa ministro de misoginia após pedido de perdão por morte de Herzog

Presidente do STM, ministra Maria Elizabeth Rocha, rebate críticas misóginas e reafirma pedido de perdão às vítimas da ditadura.

Enquanto a direita comemora violência nas favelas: crianças do Rio vivem rotina de guerra e enfrentam graves traumas

Crianças nas favelas do Rio enfrentam uma infância marcada por tiroteios, medo constante e traumas emocionais, com escolas frequentemente fechadas e rotina impactada por operações policiais violentas

STM pede perdão histórico às vítimas da ditadura

Em cerimônia na Catedral da Sé, ministra Maria Elizabeth Rocha reconhece erros da Justiça Militar e homenageia vítimas do regime

Alckmin em evento que marca 50 anos da morte de Herzog: “Não esquecer para jamais se repetir”

Presidente em exercício participa de ato ecumênico na Igreja da Sé. Evento remonta manifestação simbólica no mesmo local, cinco décadas atrás, que reuniu milhares após a tortura e morte do jornalista nas dependências do DOI-CODI

Em aro por Vladimir Herzog, ministra do STM alerta contra o retorno do autoritarismo: “Não podemos permitir que a ditadura retorne”

Cinco décadas após morte de Vladimir Herzog, ato na Catedral da Sé reúne autoridades em defesa da democracia

Mais Notícias

Assuntos:

Recomendadas