Igual ao Bolsonaro

Pablo Marçal é condenado de novo e fica inelegível

Coach recebe nova punição por abuso econômico e gastos ilegais na eleição de 2024

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Pablo Marçal - Foto: Wikimedia Commons

Pablo Marçal enfrenta mais uma condenação da Justiça Eleitoral e ficará inelegível por oito anos. O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo acumula duas decisões por abuso dos meios de comunicação, captação ilícita de recursos e abuso de poder econômico durante a campanha de 2024.

A nova sentença, assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, também impôs multa de R$ 420 mil. Marçal foi acusado de desobedecer ordens judiciais e manter atividades nas redes sociais mesmo com as contas suspensas.

Justiça impõe nova punição

A decisão contra Pablo Marçal foi publicada neste sábado (26). Segundo o juiz, o coach ignorou uma liminar que restringia sua atuação nas redes por 42 dias seguidos. Mesmo com os perfis no Instagram, TikTok, YouTube e X bloqueados, ele teria incentivado seus apoiadores a continuarem divulgando vídeos.

“O próprio réu Pablo Marçal estimulou que os cortadores de seus vídeos continuassem fazendo o que precisasse ser feito”, registrou o magistrado na sentença.

PSB denunciou Marçal por abuso

A nova ação foi movida pelo PSB, partido da deputada federal Tabata Amaral. A legenda denunciou práticas ilegais, como a monetização de eleitores que propagassem material de campanha. Essa prática fere a legislação eleitoral brasileira.

Além disso, o advogado Hélio Silveira, representante do PSB, afirmou que “Marçal venalizou as eleições“, em referência às ações do ex-candidato.

Ministério Público também apontou irregularidades

O Ministério Público Eleitoral reforçou as denúncias feitas pelo PSB. Em parecer, o MP destacou que Pablo Marçal usou impulsionamento de conteúdo através de “pretensos eleitores e cabos eleitorais”, prática vedada pela lei eleitoral.

Outro ponto ressaltado pelo Ministério Público foi a falta de transparência nas finanças da campanha, o que, segundo o órgão, comprometeu o equilíbrio da eleição.

Tabata Amaral fala sobre a condenação

Em nota, Tabata Amaral comemorou a decisão e criticou quem se omitiu durante o processo eleitoral. “Enquanto outros se omitiram, por medo ou por estratégia, fomos os únicos a ter a coragem de denunciar as irregularidades e recorrer à Justiça. Hoje, decisão após decisão, fica clara a importância de termos enfrentado quem tentou fraudar a eleição e enganar os eleitores”, declarou.

Defesa nega irregularidades

A defesa de Pablo Marçal alegou ausência de provas e negou que ele tivesse conhecimento prévio das práticas apontadas na denúncia. Questionado sobre a nova condenação, o ex-candidato preferiu não se pronunciar até o momento.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.