O Flamengo bateu na trave de seu sonho bicampeão nesta quarta-feira (17/12/2025), ao ser derrotado pelo Paris Saint-Germain na final da Copa Intercontinental, no Qatar. Em um jogo que testou os nervos dos torcedores e a paciência com o VAR, o time de Filipe Luís segurou o empate por 1 a 1 até a prorrogação, mas sucumbiu a uma atuação catastrófica nas penalidades máximas: perdeu quatro de cinco cobranças.
O “estrangeiro” joga em casa
O PSG, que de francês tem apenas o endereço — já que pertence ao fundo soberano do Qatar (QSI) —, atuou praticamente em seu quintal. O estádio Ahmad bin Ali viu o brilho de Kvaratskhelia, que abriu o placar no primeiro tempo após assistência de Doué. O rubro-negro, no entanto, não se apequenou diante do abismo financeiro e buscou o empate com Jorginho, em pênalti sofrido por Arrascaeta.
A partida foi marcada pelo domínio territorial europeu e pela resistência heroica de Rossi, que contou com a sorte no último minuto do tempo normal, quando Marquinhos perdeu um gol inacreditável sem goleiro. O triunfo inédito dos parisienses encerra o jejum da França, que até hoje não ostentava um título mundial de clubes, superando a sombra do escândalo de corrupção que tirou o Olympique de Marselha da disputa em 1993.
Eficiência zero na marca da cal
Se no tempo normal o Flamengo foi valente, nos pênaltis a equipe carioca demonstrou uma apatia técnica assustadora. Converter apenas uma cobrança em cinco tentativas é um atestado de despreparo psicológico para uma final desse porte. O time de Luis Enrique, mesmo sem o brilho total de Dembélé — que jogou gripado e começou no banco —, foi letal o suficiente para levantar a taça por 2 a 1 nas penalidades.
O torneio, rebatizado para dar lugar ao novo Mundial quadrienal, manteve o formato que privilegia o representante europeu, que entra diretamente na final. O Flamengo, que suou para bater Cruz Azul e Pyramids, sentiu o peso das pernas na prorrogação e agora volta para o Rio de Janeiro com o consolo de ter jogado de igual para igual, mas com a marca de uma das piores performances em disputas de pênaltis de sua história.
