Lula na ONU — O presidente Lula abriu em 23 de setembro de 2025 a 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, criticando ataques às instituições brasileiras, defendendo regulação das redes sociais e condenando o genocídio em Gaza. A repercussão cresceu após a divulgação, pela própria ONU, de uma foto em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aparece atento ao discurso.
Críticas e defesa da democracia
Na tribuna, Lula afirmou que a democracia brasileira não permitirá “falsos patriotas” e que anistias para envolvidos em atos golpistas são inaceitáveis. Ele destacou que soberania e democracia são “inegociáveis” e reforçou a necessidade de fortalecer instituições como o Supremo Tribunal Federal. O presidente também defendeu a regulação das plataformas digitais, apontando-as como vetores de manipulação política e incitação ao ódio.
Condenação ao genocídio em Gaza
No plano internacional, o discurso incluiu forte condenação às ações de Israel contra o Hamas. Lula afirmou que “nada justifica o genocídio em curso em Gaza” e apelou por medidas humanitárias urgentes. A fala posicionou o Brasil entre os países que cobram resposta global ao conflito. (Leia mais em /politica e /economia)
Clima e compromissos globais
O presidente convidou líderes a comparecer à COP30, em Belém, no Pará, em 2025. Reforçou que o combate às mudanças climáticas exige compromissos globais para frear o aquecimento do planeta. Ao mesmo tempo, apontou que países em desenvolvimento não podem arcar sozinhos com os custos da transição energética. (Leia também em /cultura e /rio-de-janeiro)
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Trump observa e comenta
A foto de Donald Trump assistindo ao discurso chamou atenção por ser um gesto raro de atenção direta ao mandatário brasileiro. Apesar de acusar o Brasil de “censura” e “corrupção judicial” em sua fala, o presidente norte-americano declarou ter tido “uma química excelente” com Lula, descrevendo-o como “um cara muito agradável”.
Repercussões e análises
O comentário surpreendeu analistas. O jornalista Marcelo Lins, da GloboNews, afirmou que a postura errática de Trump torna crível uma reação contraditória. Já o professor Vitelio Brustolin, da UFF e de Harvard, destacou que a cena pode sinalizar abertura diplomática, mas não altera divergências centrais.
O Brasil manteve a tradição de abrir os debates da Assembleia, que em 2025 chegou à 80ª edição, com o tema “Melhor juntos: 80 anos e mais em prol da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos”. O encontro reuniu líderes dos 193 países membros.



