O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, apareceu de tipoia na sessão da Primeira Turma do STF nesta terça-feira (22). Ele lesionou o braço direito durante um treino de Muay Thai e passou por cirurgia no feriado da Semana Santa.
Mesmo com o braço imobilizado, Moraes continua atuando como relator no julgamento de suspeitos de envolvimento em tentativas de golpe de Estado entre 2022 e 2023. O processo analisa ações de seis investigados, incluindo o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
Lesão não interfere nos julgamentos
O magistrado rompeu um tendão durante a prática esportiva. Ele decidiu operar durante o feriado, mas não deixou de participar das atividades do Supremo.
Na sessão da 1ª Turma, ele manteve sua função como relator do chamado “núcleo 2” do inquérito que apura interferências no segundo turno das eleições de 2022.
Acusação envolve uso da PRF
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os acusados usaram a estrutura da PRF para dificultar o acesso de eleitores às urnas, principalmente no Nordeste. A região teve ampla maioria de votos a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito.
Durante o julgamento, representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmaram: “Há indícios de uso da estrutura estatal para interferir no processo eleitoral”.
Quem são os investigados
Entre os seis nomes do núcleo 2, está o de Silvinei Vasques, que já respondia a outras acusações por sua atuação à frente da PRF durante o período eleitoral.
As investigações indicam que os acusados atuaram para atrasar ou impedir o deslocamento de eleitores, por meio de blitzes e abordagens em estradas federais.
Processo continua sob relatoria de Moraes
Mesmo em recuperação, Alexandre de Moraes mantém ritmo normal de trabalho. Ele já relatou diversas ações ligadas ao 8 de janeiro de 2023, além dos inquéritos sobre milícias digitais e ataques à democracia.
A análise do “núcleo 2” segue em andamento na 1ª Turma do Supremo e pode ter novos desdobramentos nos próximos dias.
