O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou nesta sexta-feira (19) um vídeo e uma mensagem nas redes sociais em que rejeitou a proposta conhecida como “PL da Dosimetria”, apresentada como alternativa à anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
No texto, Eduardo classificou a articulação do relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como “acordo indecoroso e infame” e alertou o parlamentar a ter “muito cuidado” para não ser visto como “colaborador do regime de exceção”.
“Todo colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”, declarou Eduardo.
Críticas a Temer, Aécio e Moraes
Eduardo Bolsonaro também atacou diretamente a costura política feita por Michel Temer e Aécio Neves, que apoiaram Paulinho na proposta. Ele disse não confiar no ex-presidente, lembrando a carta de conciliação redigida por Temer em setembro de 2021 para conter pressões de Jair Bolsonaro — episódio que chamou de “traição”.
No vídeo, Eduardo também direcionou ataques ao ministro do STF Alexandre de Moraes, acusando-o de tentar “matar Jair Bolsonaro” com investigações e restrições judiciais. O parlamentar chegou a comparar Moraes ao autor do atentado de 2018 contra o então candidato, Adélio Bispo, dizendo que a diferença seria “o poder da caneta”.
Contra a dosimetria e pela anistia total
Ao rejeitar a proposta de redução de penas, Eduardo citou o caso de uma mulher condenada a 14 anos de prisão por pichação, questionando se seria justo apenas reduzir a pena pela metade.
“Contra a injustiça, eu quero estar do lado oposto”, afirmou.
O deputado reforçou que só aceitará a anistia ampla, geral e irrestrita — não apenas para os condenados do 8 de janeiro, mas também para investigados em outros inquéritos desde 2019, incluindo jornalistas e influenciadores de extrema direita, como Allan dos Santos, Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza.
“Nunca se render”
Encerrando a publicação, Eduardo parafraseou o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, prometendo resistência às decisões do Supremo:
“Não há um cenário em que Moraes e seus cúmplices saiam vencedores. Nós venceremos.”

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		