Brasília – O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) reacendeu debates políticos ao republicar, na última segunda-feira (3), uma enquete do influenciador Paulo Figueiredo em seu perfil no X. A pesquisa perguntava se ele deveria se “exilar” nos Estados Unidos para continuar sua atuação política contra o que chamou de “regime brasileiro”.
A enquete, que ficou disponível por 24 horas, recebeu cerca de 30 mil votos. Entre os participantes, 70,5% apoiaram a permanência de Eduardo nos EUA, enquanto 29,5% defenderam seu retorno ao Brasil.
Enquete acontece em meio as atitudes conspiracionistas do deputado
A publicação surge em um momento de novos ataques da família Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, há uma solicitação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o passaporte de Eduardo Bolsonaro seja apreendido, medida já imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar tem sido criticado por usar sua influência no exterior para contestar a democracia brasileira. O próprio Jair Bolsonaro criticou nas redes sociais a possibilidade de apreensão do documento do filho. Segundo ele, a ação busca “criar constrangimento” e impedir Eduardo de assumir a Comissão de Relações Exteriores.

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Paulo Figueiredo também é alvo da PGR
O influenciador Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar João Figueiredo, também enfrenta denúncias na PGR. Ele está entre os 33 acusados no caso da tentativa de golpe de Estado, ao lado de Jair Bolsonaro e outros aliados.
Disputa pela Comissão de Relações Exteriores
Enquanto isso, o Partido dos Trabalhadores (PT) avalia abrir mão da Comissão de Educação para evitar que Eduardo Bolsonaro assuma a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
– O deputado Eduardo Bolsonaro pode ter seu passaporte apreendido apenas por denunciar no exterior os abusos contra a oposição brasileira. No Brasil de Lula e Moraes, criticar o governo virou crime.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 3, 2025
– Nada do que ele disse é falso. Nenhuma das inúmeras histórias de censura,… pic.twitter.com/GvTAl3W78a