O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lançou, por meio de vídeo publicado em suas redes sociais, um chamado para que seus apoiadores participem do ato do próximo 7 de setembro.
No material, ele sugere que os manifestantes vistam roupas nas cores da bandeira nacional, conectando a mobilização ao julgamento de Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).
Flávio afirma que a manifestação será a “última antes da farsa que o Alexandre de Moraes armou para condenar meu pai, o nosso presidente Jair Bolsonaro, a 40 anos de prisão”. O senador chega a tratar a participação popular nas ruas como uma forma de “absolver Bolsonaro” e “exigir o direito de votar” nele em 2026, reforçando um discurso que associa pressão popular à interferência no sistema judicial.
Além disso, Flávio Bolsonaro destacou que o ato servirá para pressionar o Congresso pela aprovação da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, sugerindo que a presença maciça de apoiadores seria um instrumento político para acelerar esse processo. “Quanto mais pessoas nas ruas de verde e amarelo, mais a política vai enxergar que os dias de Lula estão perto do fim”, disse, ligando diretamente a manifestação à tentativa de enfraquecer o governo federal.
O chamado do senador se dá em meio a uma campanha do governo federal incentivando o uso da camisa do Brasil durante as celebrações do 7 de setembro. A iniciativa oficial visa resgatar a simbologia nacional da vestimenta, desvinculando-a de qualquer ideologia política e reforçando temas como soberania e identidade nacional.
Este tipo de convocação, que conecta atos de rua à aprovação de anistia e à pressão sobre o Poder Judiciário, acende alertas sobre a instrumentalização política de datas cívicas para interesses partidários e pessoais.