O governo dos Estados Unidos revogou nesta segunda-feira (22) o visto de entrada do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, segundo revelou a agência Reuters.
A medida foi tomada pela administração Donald Trump e deve ser estendida a outras autoridades brasileiras, ainda não confirmadas oficialmente.
Nem a AGU, nem Messias, tampouco o governo americano se pronunciaram até a última atualização da reportagem.
Escalada de restrições contra autoridades brasileiras
A decisão se soma à lista de sanções impostas recentemente por Washington contra membros do alto escalão do Judiciário e do Ministério Público.
Em julho, os EUA suspenderam os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foi atingido, enquanto André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux ficaram de fora da decisão.
Nesta segunda-feira, a medida coincidiu ainda com a inclusão de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, na lista de sanções da Lei Magnitsky — a mesma que já havia sido aplicada ao próprio magistrado.
Pressão diplomática em alta
A revogação do visto de Jorge Messias representa mais um capítulo do desgaste diplomático entre Brasília e Washington. A Casa Branca sinaliza disposição de ampliar a pressão contra autoridades brasileiras em meio às divergências políticas e institucionais, especialmente após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Até agora, o Itamaraty não se manifestou oficialmente. Fontes do governo brasileiro disseram esperar uma comunicação formal dos EUA antes de avaliar respostas diplomáticas.