Brasília, 14/10/2025 – O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçaram nesta terça-feira a acusação de que o Núcleo 4 da trama golpista formou uma milícia digital organizada para disseminar notícias falsas, atacar o sistema eleitoral e minar a confiança nas instituições democráticas do Brasil.
Em seu relatório, Moraes afirmou que os réus propagaram sistematicamente informações falsas sobre as urnas eletrônicas e atacaram autoridades e instituições consideradas obstáculos para os interesses da organização criminosa liderada por Jair Bolsonaro. Os elementos reunidos pela PGR são descritos como “indícios robustos e coerentes” da tentativa de corroer a democracia e abrir caminho para o golpe de Estado.
O procurador Paulo Gonet destacou que os membros do Núcleo 4 “agiram de forma coordenada e consciente para destruir o Estado de Direito sob o disfarce da liberdade de expressão”, criando uma milícia digital para atacar o processo eleitoral, instituições e desacreditar a legitimidade das eleições de 2022.
Perfil do Núcleo 4 e atividades
Esse núcleo é composto por sete réus — cinco militares da reserva ou na ativa, um policial federal e um civil — com funções específicas que iam desde a produção de relatórios falsos, monitoramento clandestino na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), até a disseminação de vídeos convocando protestos e a manipulação de documentos oficiais.
A estrutura organizativa e a atuação coordenada configuram, segundo a denúncia, uma milícia digital armada e organizada para sustentar a permanência de Jair Bolsonaro no poder após sua derrota eleitoral.

			
		
		
		
		
		

		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		