O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu não apresentar novos recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o senador Sergio Moro (União-PR). A decisão foi tomada após a publicação, na última sexta-feira (29), do acórdão que confirmou, por unanimidade, a rejeição ao pedido de cassação movido pela legenda em maio.
PL recua após derrota no TSE
O prazo para apresentação de embargos foi aberto com a publicação do acórdão, mas, segundo o advogado Guilherme Ruiz Neto, representante do partido na ação, a sigla optou por não recorrer neste momento. O prazo para eventuais embargos se encerra na próxima quarta-feira (3). Mesmo assim, recursos ainda poderiam ser levados ao Supremo Tribunal Federal (STF) em até 15 dias, caso houvesse movimentação.
Ação contra Moro teve apoio do PT
A tentativa do PL de cassar Moro contou com apoio do PT, adversário histórico do bolsonarismo. Ambos alegaram irregularidades na campanha do ex-juiz da Lava Jato ao Senado. A Corte, porém, rejeitou os argumentos de forma unânime. Até agora, o PT não se manifestou sobre a possibilidade de recorrer da decisão.
Contexto político
A decisão do PL chama atenção porque a legenda vinha pressionando pela cassação de Sergio Moro, visto como adversário incômodo para o bolsonarismo no Senado. O recuo sinaliza um ajuste estratégico do partido, que evita prolongar uma disputa judicial sem chances concretas de reversão.
O desfecho também preserva Moro, figura central da Operação Lava Jato e rival tanto do campo petista quanto do bolsonarismo, que continua a ocupar espaço relevante no debate político nacional.