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Trump sanciona esposa de Moraes com Lei Magnitsky em nova retaliação ao STF

Viviane Barci de Moraes teve bens bloqueados nos EUA após medida política do governo Trump, que já havia punido o ministro em julho

O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (22) a aplicação da Lei Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A medida, divulgada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, bloqueia eventuais bens da advogada em território americano e proíbe qualquer transação financeira de empresas ou cidadãos dos EUA com ela. Em julho, Moraes já havia sido sancionado pela mesma lei.

Escalada contra o STF

A sanção integra a estratégia de retaliação de Trump contra o STF, que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.

Sem apresentar provas, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou Moraes de ser “violador de direitos humanos” e responsável por uma “campanha de censura”. Agora, a esposa do ministro foi incluída apenas por “estar relacionada a Alexandre de Moraes”.

Viviane é advogada e sócia da Lex Instituto de Estudos Jurídicos, escritório também alvo das sanções americanas.

Pressão política dos EUA

A decisão soma-se a outras medidas já tomadas pelo governo Trump e seus aliados:

  • revogação de vistos de ministros do STF e familiares,
  • sobretaxa de 50% sobre importações brasileiras,
  • investigação contra o sistema Pix,
  • sanções diretas a Moraes.

Para diplomatas do Itamaraty, a medida representa uma “escalada” nas tensões entre os dois países e revela a tentativa do governo Trump de cobrar impunidade para Bolsonaro.

O que é a Lei Magnitsky

Criada em 2012 pelo governo Obama, a Lei Magnitsky permite ao governo dos EUA impor sanções a estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos. Conhecida como “pena de morte financeira”, bloqueia bens e impede transações internacionais em dólar.

A legislação nasceu em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, morto em prisão após denunciar corrupção de autoridades ligadas ao Kremlin. Em 2016, a lei ganhou alcance global.

Desde então, dezenas de políticos, empresários e autoridades de diferentes países já foram punidos. A aplicação contra magistrados de uma Suprema Corte estrangeira, no entanto, é considerada sem precedentes.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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