Golpe na Milicia

Com liminar revogada, SEOP retoma demolição de dois prédios construídos irregularmente na Ilha da Gigoia

Responsáveis haviam voltado a construir e colocaram novos inquilinos em alguns apartamentos desrespeitando a decisão judicial

Créditos: Fábio Costa
Créditos: Fábio Costa

A Secretaria de Ordem Pública retomou nesta segunda-feira, dia 15, a demolição de dois prédios construídos irregularmente na Ilha da Gigoia, área que sofre forte influência do crime organizado. A ação da Prefeitura havia sido paralisada devido a uma liminar judicial conseguida pelos proprietários, que foi revogada na última sexta-feira, dia 12.

De acordo com o setor de inteligência da SEOP, os proprietários haviam voltado a construir as unidades, inclusive colocando novos inquilinos no lugar de alguns que desocuparam seus apartamentos quando a Prefeitura deu início ao trabalho de demolição, no dia 24 de maio de 2024, em conjunto com o Ministério Público. Durante a demolição, os agentes identificaram e cortaram um ponto de energia clandestina que alimentava todo prédio. Na ocasião, a Secretaria de Assistência Social realizou dois atendimentos. Durante a operação, um pitbull atacou um promotor do Ministério Público.

As construções

Um dos prédios possui três pavimentos e dois apartamentos por andar e o outro, também com três pavimentos, sendo quatro apartamentos por andar. Ambos foram erguidos sem qualquer autorização da Prefeitura. Estima-se um prejuízo no valor de R$ 3,5 milhões aos responsáveis pela obra.

O primeiro prédio encontra-se em fase de conclusão e o segundo com suas obras em andamento, sendo parte em fase de acabamento e outra em fase de alvenaria. Os prédios não atendem aos parâmetros urbanísticos da região e vem sendo fiscalizados desde o início das construções, sendo a primeira notificação realizada em abril de 2023, tendo suas obras aceleradas em total descumprimento a notificação que determinava a imediata paralisação.

As edificações foram construídas em um lote de 500 metros quadrados e possuem aproximadamente 900 metros quadrados de área construída.

Participam da operação agentes da Guarda Municipal, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais e Polícia Militar.