O vereador Dr. Rogério Amorim (PL) respondeu nesta quinta-feira (23) à nota da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) sobre os corpos mumificados encontrados no necrotério do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
A secretaria havia afirmado que não há comprovação de má-fé ou irregularidade intencional e que aguardava provas concretas do parlamentar para sustentar suas acusações.
Em nota enviada ao jornal Diário Carioca, Amorim rebateu veementemente, afirmando que não há necessidade de apresentação de provas adicionais, já que a existência de cadáveres mumificados em uma unidade pública é fato público e amplamente conhecido. Segundo o vereador, a posição da SMS constitui tentativa de desviar o foco e lançar dúvidas sobre sua atuação, caracterizando uma estratégia de ataque ad hominem.
O parlamentar reforçou que o episódio representa omissão grave da administração municipal e descaso com a dignidade humana. Ele destacou que, ao contrário do que sugere a SMS, não se trata de acusações sem base, mas de denúncia de práticas que violam a lei e o direito à memória e dignidade dos mortos.
Confira abaixo a integra da nota do vereador Rogério Amorim:
O vereador Rogério Amorim espera que, em vez de divulgar notas com bravatas e ataques, numa clara estratégia de ad hominem, a Secretaria Municipal de Saúde trabalhe para tirar a limpo um dos episódios mais escabrosos e vergonhosos da história da saúde brasileira. Não há necessidade de apresentar provas concretas de que cadáveres mumificados foram localizadfos em uma unidade de saúde municipal: já é de conhecimento público – e também digno da execração pública. Também manifesta esperanças de que um dia a Secretaria Municipal de Saúde admita que é um verdadeiro absurdo, um acinte, um total descalabro que o corpo de uma vítima de violência não ser imediatamente levado às autoridades policiais no Instituto Médico-Legal. O vereador não vê nenhum motivo para se retratar de coisa alguma, uma vez que está cumprindo a função para a qual foi eleito, que é a de fiscalização e de cobrança.


