Brasília, 31 de julho de 2025 — O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos (EUA), avalia banir a emissão de vistos para brasileiros durante a Copa do Mundo de 2026, que será realizada em conjunto por EUA, México e Canadá, segundo revelou a CNN Brasil.
A medida, segundo a emissora, tem caráter político e busca ampliar a pressão internacional sobre o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Trump mira torcedores brasileiros na disputa com Lula
De acordo com o analista internacional Lourival Sant’Anna, da CNN, a Casa Branca considera restringir a entrada de cidadãos brasileiros nos Estados Unidos, inclusive durante o período da Copa do Mundo, como parte de uma estratégia para influenciar a opinião pública contra o governo brasileiro.
Segundo a apuração, senadores brasileiros em missão oficial a Washington nesta semana já enfrentaram limitações no tempo de permanência concedido pelos vistos, o que pode indicar o início da aplicação de medidas mais duras.
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A CNN informa que o plano de Trump tem relação direta com o tarifaço contra o Brasil, que entra em vigor em 6 de agosto, e que também teria como objetivo afetar simbolicamente a imagem internacional do país.
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Fifa e CBF evitam se posicionar sobre eventual sanção
A Copa do Mundo de 2026 será realizada entre 11 de junho e 19 de julho e terá 48 seleções, número recorde. A Seleção Brasileira já está classificada.
A Fifa ainda não comentou oficialmente o assunto, mas o presidente da entidade, Gianni Infantino, é próximo de Trump. Ambos estiveram juntos em eventos recentes nos EUA, incluindo a Copa do Mundo de Clubes, organizada no país.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também optou por não se manifestar até o momento. Segundo a CNN, a entidade acompanha o caso com cautela e pretende discutir o assunto com o Governo Federal, caso a proposta de restrição de vistos avance.
Regras de visto já barram torcedores de outros países
O possível veto a brasileiros seguiria a lógica aplicada por Trump a países como o Irã, também classificado para a Copa. Os iranianos são proibidos de entrar nos EUA por conta de uma proclamação presidencial assinada em junho, sob o argumento de riscos à segurança nacional.
Durante discurso recente, o presidente da Fifa tentou tranquilizar os torcedores e disse que “todos serão bem-vindos”. No entanto, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou que os visitantes “devem voltar para casa logo após os jogos”, reforçando o tom restritivo da atual gestão.
Além da Copa, os Estados Unidos também sediarão a Olimpíada de 2028, que também pode ser afetada por decisões semelhantes caso Trump seja reeleito.
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Entenda a ofensiva de Trump contra Lula em meio à Copa
Por que Trump quer banir os vistos para brasileiros durante a Copa?
Segundo a CNN, o presidente dos EUA tenta pressionar o governo Lula por meio de ações simbólicas e econômicas. O objetivo seria influenciar negativamente a imagem do Brasil no exterior e ampliar o desgaste político interno do presidente brasileiro.
A medida já está em vigor?
Ainda não. Por ora, foram identificadas restrições pontuais em vistos para autoridades brasileiras em missão oficial. A ideia de um veto mais amplo ainda está em avaliação na Casa Branca.
A Fifa pode impedir essa decisão?
A Fifa não tem poder para interferir diretamente nas políticas migratórias dos países-sede. No entanto, a entidade pode exercer pressão institucional, especialmente se outras seleções forem afetadas.
Qual será o impacto para os torcedores brasileiros?
Se a medida for confirmada, torcedores com viagens planejadas para acompanhar a Seleção podem ser impedidos de entrar nos EUA. Isso afetaria também agências de turismo e o setor aéreo.
O governo Lula já reagiu?
Até agora, o governo federal não se pronunciou oficialmente. A expectativa é que a CBF dialogue com o Palácio do Planalto para definir estratégias caso a proposta avance.
Medida pode provocar reação diplomática
A proposta de banimento de vistos para brasileiros durante a Copa representa mais um capítulo da escalada entre Trump e o governo Lula. O movimento se soma ao tarifaço sobre exportações brasileiras, e pode comprometer relações diplomáticas, mobilidade de cidadãos e a presença do Brasil em eventos globais.
Caso confirmada, a medida deve provocar repercussão institucional e levar o Itamaraty a reagir formalmente junto à embaixada norte-americana. A depender do impacto, o tema pode chegar à Organização Mundial do Comércio (OMC) ou até ao Conselho de Segurança da ONU, dada a natureza discriminatória da medida.



