A residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Jardim Botânico, Brasília, segue sem monitoramento presencial da Polícia Federal (PF). A ausência de campana preocupa agentes da corporação, que temem uma eventual fuga do ex-mandatário para a Embaixada dos Estados Unidos, a apenas 10 minutos de carro. O alerta ocorre em meio ao processo que Bolsonaro enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, cuja condenação é considerada praticamente certa.
Fontes internas da PF confirmam que não há patrulhamento da área nem previsão de implementação imediata. A falta de ação levanta dúvidas sobre se se trata de decisão administrativa ou restrição legal. Entre os agentes, cresce o temor de que Bolsonaro busque refúgio diplomático, o que poderia provocar uma crise política e diplomática com o governo de Donald Trump.
Lacuna na segurança e riscos de evasão
Especialistas em segurança apontam que a proximidade da residência à Embaixada dos EUA facilita a movimentação do ex-presidente sem monitoramento. A PF não confirma medidas adicionais, mas fontes internas admitem preocupação com um possível pedido de asilo diplomático ou salvo-conduto. Caso concretizado, isso geraria repercussão internacional e questionaria a eficácia da fiscalização brasileira.
A situação evidencia uma lacuna na proteção de ex-mandatários envolvidos em processos críticos. A omissão da corporação diante de um risco real coloca em debate a responsabilidade institucional da Polícia Federal e do STF para garantir cumprimento da lei e segurança nacional.
Mais Notícias
Contexto político e internacional
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) continua articulando pressões contra o STF nos Estados Unidos. O episódio ocorre em paralelo à ascensão de Javier Milei na Argentina e ao debate sobre ultraliberalismo na América Latina, além da recente saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU, reforçando a complexidade política e social do cenário atual.
O caso reforça a necessidade de monitoramento rigoroso, questiona omissões institucionais e evidencia os riscos de descompasso entre lei, segurança e diplomacia.



