O presidente Donald Trump foi recebido com gritos de protesto ao sair para jantar em Washington DC, ao lado do vice-presidente J. D. Vance, do secretário de Estado Marco Rubio e do secretário de Defesa Pete Hegseth. Manifestantes o acusaram de ser o “Hitler do nosso tempo”, enquanto protestavam contra o genocídio israelense em Gaza e a ocupação militar da capital americana.
Saída noturna e demonstração de força
Trump dirigiu-se ao restaurante Joe’s Seafood, Prime Steak & Stone Crab entre 19h27 e 19h30, acompanhando sua tradicional caravana presidencial. À porta do estabelecimento, o presidente se gabou de ter tornado Washington “sem criminalidade” em quatro semanas, atribuindo o feito à sua política de “lei e ordem”.
Durante o breve contato com a imprensa, ele comentou sobre a operação israelense contra líderes do Hamas no Catar, criticando a falta de notificação prévia de Tel Aviv, e prometeu uma declaração oficial para o dia seguinte. Também negou envolvimento em questões relacionadas a Jeffrey Epstein, apesar de evidências sobre sua assinatura em cartões de aniversário do falecido financiador.
Protestos e confrontos
Mulheres gritaram slogans como “Washington DC livre! Palestina livre! Trump é o Hitler do nosso tempo!”, sendo retiradas pelos agentes de segurança do restaurante. Os protestos refletem crescente descontentamento com a presença militar e policial reforçada em cidades democratas, uma estratégia que Trump vem aplicando também em Los Angeles, e que considera expandir para Chicago, Baltimore e Nova Orleans.
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Campanha de militarização e uso de crimes para justificar ações
Trump utilizou o assassinato da ucraniana Iryna Zarutska, esfaqueada em um trem em Charlotte (Carolina do Norte), para criticar políticas de segurança dos democratas e legitimar a mobilização da Guarda Nacional em cidades controladas pelo partido. O presidente afirmou: “Quando há assassinatos horríveis, é preciso tomar medidas horríveis”, vinculando o episódio à necessidade de maior controle policial em grandes centros urbanos.
Segundo Trump, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, enfrenta críticas internas por permitir a presença militar na capital, mas ele afirmou que continuará a mobilizar suas forças independentemente da aceitação municipal.
O episódio expõe tensões crescentes entre o governo federal e cidades democratas, enquanto a estratégia de Trump combina demonstrações públicas de força com campanhas de mobilização militar em regiões urbanas críticas para consolidar seu controle político.



