Belo Horizonte – A influenciadora Cíntia Chagas resolveu lavar roupa suja nas redes neste sábado (11). Num desabafo direto, ela negou vínculos com o bolsonarismo e repudiou ser associada a versões radicais do catolicismo digital.
“Não pertenço a isso. Fui parar lá muito mais pela guerra contra o ‘todes’ do que por convicção”, afirmou Cíntia, ex-ícone da patrulha gramatical da direita.
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Desvincular não é negar o passado?
A fala de Cíntia Chagas mira na tentativa de desfazer sua imagem como musa da extrema direita. Mas o que chamou a atenção foi sua nova proposta identitária: “Caso queiram me filiar a algum ‘ismo’, que seja ao cintiachaguismo” — uma autodefinição que mistura deboche e reposicionamento de marca pessoal.

A crítica ao catolicismo de cliques
Outro alvo da influenciadora foi o que chamou de “catolicismo da internet”, que segundo ela, seria agressivo e reducionista.
- “O meu catolicismo não agride”, disse.
- “Sou complexa demais pra seguir regras com as quais nunca concordei.”
Cíntia tenta agora se desvincular de discursos que ajudou a popularizar — inclusive ao criticar os “rótulos ideológicos” que antes abraçava nas entrelinhas.
Afinal, mudança ou rebranding?
Apesar de soar como rompimento, a fala de Cíntia Chagas está mais para rebranding político do que para mea-culpa. Não houve autocrítica. Mas houve um recado direto para seguidores que ainda insistem em mantê-la no rol dos bolsonaristas de estética católica e gramática afiada.
Ela quer sair dessa. Mas quer sair por cima.