O Hamas anunciou nesta quinta-feira (9) que chegou a um acordo com Israel para encerrar definitivamente a guerra na Faixa de Gaza, que completou dois anos no último dia 7 de outubro. O chefe da delegação de negociadores palestinos, Khalil al-Hayya, afirmou que recebeu garantias de EUA, Catar e Egito de que os termos do cessar-fogo serão respeitados.
“Recebemos garantias dos mediadores e da administração americana de que a guerra terminou completamente. Trabalharemos para garantir os direitos do povo palestino e a criação de um Estado independente com Jerusalém como capital”, declarou al-Hayya.
Primeira etapa do acordo
Segundo o Hamas, a primeira fase prevê a libertação de todos os reféns israelenses em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos detidos por Israel. Também está prevista a retirada gradual das tropas israelenses e o envio de ajuda humanitária à região devastada.
O acordo é parte do plano de paz de 21 pontos proposto pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e anunciado por ele na quarta-feira (8). A implementação depende agora da aprovação do Gabinete de Segurança de Israel, que se reúne nesta quinta.
Israel deve ratificar acordo nas próximas horas
Um porta-voz do governo israelense informou que o cessar-fogo começará até 24 horas após a ratificação. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comemorou o avanço das negociações.
“Um grande dia para Israel. Esse é um sucesso diplomático e uma vitória moral do Estado de Israel”, escreveu Netanyahu nas redes sociais.
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O Hamas, por sua vez, agradeceu Catar, Egito e Turquia pelo papel na mediação e afirmou que o acordo “abre caminho para o fim definitivo da guerra”.
Pontos de tensão
Entre os principais impasses está a devolução dos corpos de reféns mortos em cativeiro. Segundo a imprensa israelense e americana, o Hamas não sabe onde estão alguns dos corpos. A Turquia informou que formou uma força-tarefa internacional para ajudar nas buscas.
Outra exigência israelense é que o Hamas abandone o controle político da Faixa de Gaza e entregue as armas. Líderes do grupo afirmaram que “nenhum palestino aceita o desarmamento”.
Dois anos de guerra
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas que deixou mais de 1.200 mortos em Israel e 251 sequestrados. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram, segundo autoridades de Gaza.



